Poucos são os partidos que no Congresso Nacional têm votado 100% com as pautas defendidas pelo plural, expressivo e unificado movimento sindical brasileiro.
Um deles é o PSOL, que votou, por exemplo, contra as nefastas reformas trabalhista do Temer e previdenciária do Bolsonaro.
Este é um dos motivos de meu voto na chapa 50, Boulos prefeito e Erundina vice, neste domingo, 29 de novembro de 2020, no encerramento das eleições municipais de Sampa.
O candidato à reeleição, Covas, é de um partido que há muito tempo abandonou a bandeira da social democracia e tornou-se extremamente neoliberal em seus governos e votações parlamentares.
Corremos também o risco de Covas, se eleito, abandonar a prefeitura para se candidatar ao governo de SP em 2022 no lugar de Dória, candidato a presidente, e deixar na prefeitura um vice, para resumir os adjetivos, inexpressivo.
Boulos disse que se for eleito não abandonará e governará Sampa com muita honra. Creio sinceramente nisto.
Outro motivo de meu voto no 50 é que a candidatura do PSOL, além dos apoios de pessoas que admiro no mundo das artes e do pensamento, conseguiu construir uma frente democrática com nomes de peso político contra o bolsonarismo e o neoliberalismo: Lula, Ciro, Dino e Marina. Tomara que continuem juntos pelo Brasil.
Dizer que Boulos e o PSOL são contra a “família” é fakenews. Serve para desnortear pessoas sem conhecimento crítico, nada acrescenta de positivo ao debate eleitoral e tenta tirar o foco das reivindicações contra o desemprego, a pobreza, o crescimento da miséria nas ruas da cidade e a exclusão social.
Val Gomes é Jornalista