PUBLICADO EM 29 de jul de 2023
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Fagner e Zé Ramalho cantam: Canção da Floresta; música

Quando a música “Canção da Floresta” foi lançada, o debate sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e respeitar os povos indígenas já estava avançado. Vinte anos antes, a Eco 92 marcou o auge desse debate. Porém, nesse período, apesar do crescimento da luta ambientalista, a degradação, impulsionada pela ganância capitalista, aumentou. Hoje, as consequências da exploração e do desmatamento são nítidas. Nesse sentido, “Canção da Floresta” pode ser vista como uma poderosa ferramenta para incentivar a luta ambiental.

São muitos os artistas, como Fagner e Zé Ramalho, que se engajam nessa luta. A arte consegue expressar questões complexas de forma simples e despertar a consciência para o que realmente importa. Ao lado da luta política que, de forma abnegada, pode abraçar causas pelo bem maior, é um contraponto necessário para conter a sanha exploratória e destruidora. A floresta viva, afinal, tem mais valor.

Assista abaixo Fagner e Zé Ramalho cantando A Canção da Flotesta

 

Canção da Floresta
(Composição: Sabastiao Dias Filho)
Intérpretes: Raimundo Fagner e Zé Ramalho

Tombam árvores, morrem índios
Queimam matas, ninguém vê
Que o futuro está pedindo
Uma sombra e não vai ter
Pensem em Deus, alertem o mundo
Pra floresta não morrer

Devastação é um monstro
Que a natureza atropela
Essas manchas de queimadas
Que hoje vemos sobre ela
São feridas que os homens
Fizeram no corpo dela

Use as mãos, mude uma planta
Regue o chão, faça um pomar
Ouça a voz do passarinho
A floresta quer chorar
A natureza está pedindo
pra ninguém lhe assassinar

Quando os cedros vão tombando
Dão até a impressão
Que os estalos são gemidos
Implorando compaixão
As mãos do homem malvado
Desmatou sem precisão

Mas quando Deus sentir falta
Do pau que já foi cortado
O homem talvez procure
Por a culpa no machado
Ai Deus vai perguntar:
“E por quem foi ele amolado?”

Fauna e flora valem mais
Do valor que o ouro tem
A natureza é selvagem
Mas não ofende ninguém
Ela é a mãe dos seres vivos
Precisa viver também

Ouça os índios, limpem os rios
Façam a Deus esse favor
Floresta é palco de ave
Museu de sonho e de flor
Vamos cuidar com carinho
Do que Deus fez com amor

Use as mãos, mude uma planta
Regue o chão, faça um pomar
Ouça a voz do passarinho
A floresta quer chorar
A natureza está pedindo
pra ninguém lhe assassinar

Fonte: Centro de Memória Sindical

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

  • Fernando Monteiro Salles

    Maravilha

  • Diógenes Sandim

    Gosto muito do radiopeaobrasil um site de opinião, política trabalhista e cultura brasileira.
    Parabéns Juruna, pela ideia, dedicação e persistência.

  • Diógenes Sandim

    …a natureza está pedindo
    pra ninguém lhe assassinar.

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