PUBLICADO EM 06 de set de 2022
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Ipec nacional: Lula mantém chance de primeiro turno. Bolsonaro oscila para baixo

Em relação ao levantamento nacional de uma semana atrás, ex-presidente se manteve com o mesmo percentual, de 44%. Bolsonaro desceu um ponto, para 31%

Bolsonaro em ato de campanha no sábado em Novo Hamburgo (RS) e Lula nesta segunda em Sumaré (SP). Teriam chegado no teto? – Fotos: Paulo Pires/GES e Ricardo Stuckert

Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada na noite desta segunda-feira (5) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente na corrida presidencial, com 44% das intenções, seguido pelo atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 31%. Em relação ao levantamento anterior do Ipec, divulgado pelo instituto uma semana atrás, no dia 29, Lula se manteve com o mesmo percentual. Porém, Bolsonaro, que tinha marcado 32%, oscilou um ponto para baixo.

Na sequência, vêm Ciro Gomes (PDT), que de 7% passou agora para 8% das intenções de votos. Simone Tebet, em quarto lugar, foi de 3% para 4%. O candidato do partido Novo, Luiz Felipe d’Avila, aparece com 1%, o mesmo percentual registrado por Soraya Thronicke (União Brasil) que pontuou pela primeira vez.

Os demais candidatos não alcançaram 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 6% (7% na pesquisa anterior), enquanto 5% declararam não saber ou preferiram não opinar (6% há uma semana).

O Ipec ouviu 2.512 pessoas entre os dias 2 e 4 de setembro em 158 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo BR-00922/2022.

Confira o resultado da pesquisa Ipec de intenção de voto estimulada

  • Lula (PT): 44% (44% na pesquisa anterior, em 29 de agosto)
  • Jair Bolsonaro (PL): 31% (32% na pesquisa anterior)
  • Ciro Gomes (PDT): 8% (7% na pesquisa anterior)
  • Simone Tebet (MDB): 4% (3% na pesquisa anterior)
  • Felipe d’Avila (Novo): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (0% na pesquisa anterior)
  • Vera (PSTU): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Constituinte Eymael (DC): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Léo Péricles (UP): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Pablo Marçal (PROS): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Roberto Jefferson (PTB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
  • Branco/nulo: 6% (7% na pesquisa anterior)
  • Não sabe/não respondeu: 5% (6% na pesquisa anterior)

O nome de Roberto Jefferson ainda aparece na pesquisa divulgada hoje, mas ele não é mais o candidato do PTB à Presidência, já que teve seu registro cassado pelo TSE. No sábado (3), o partido indicou Padre Kelman para concorrer em seu lugar. Porém, o IPEC já havia foi registrada o trabalho, quando ele ainda era oficialmente candidato.

Segundo turno
Por ter 44% das intenções de voto, e a soma dos outros candidatos ser 45%, Lula mantém possibilidade de vitória no primeiro turno devido à margem de erro.

Segundo o Ipec, em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o candidato da coligação Brasil de Esperança também seria vitorioso. O ex-presidente venceria com 52% dos votos, contra 36% que seria alcançado pelo opositor. Brancos e nulos somariam 9% e 3% disseram não saber.

Também aqui o ex-presidente melhorou seu percentual na margem de erro. Teria 50% dos votos no segundo turno na pesquisa anterior e Bolsonaro, 36%.

Recortes
Considerando alguns recortes específicos, a pesquisa Ipec mostra que Lula vai melhor (56% dos votos) entre a população mais pobre do país, ou seja, os que têm renda de até um salário mínimo. Da mesma forma entre quem recebe algum tipo de benefício do governo federal (50%) e quem tem o ensino fundamental (54%).

O ex-presidente também registra percentual maior de intenções de voto também entre:

  • Eleitores que avaliam como ruim ou péssima a gestão do presidente Jair Bolsonaro (75%, dois pontos a mais que na pesquisa de 29 de agosto);
  • Os que vivem na região Nordeste (56%, ante 57% da pesquisa anterior);
  • Os católicos (50%, ante 51%);
  • Entre os que se declaram pretos e pardos (47%, mesmo índice).

Já Bolsonaro vai melhor entre:

  • Os evangélicos (46%, ante 48% da pesquisa anterior);
  • Aqueles cuja renda familiar mensal é superior a 5 salários mínimos (45%, contra 47%)
  • Homens (36%, mesmo percentual);
  • Quem tem ensino médio (34%, ante 37%);
  • Quem tem ensino superior (34%, mesmo percentual da anterior).

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