PUBLICADO EM 08 de mar de 2022
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Sindicato se reúne com MWL e quer solução de irregularidades

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, mais  a comissão de trabalhadores se reuniram com representantes da MWL, nesta segunda-feira (7). Durante o encontro, foi exigida da empresa a solução das diversas e recorrentes irregularidades cometidas na unidade de Caçapava.

O longo histórico de desrespeito aos trabalhadores acumula atrasos nos salários e no depósito do FGTS, falta de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), banco de horas ilegal, desvio de função, falta de transporte e apropriação indébita de mensalidades sindicais e benefícios.

Na reunião, o Sindicato exigiu que a empresa pare de atrasar os salários e inicie o processo de negociação da PLR 2022.

Sobre a falta de depósito do FGTS, a MWL se comprometeu a acertar a irregularidade em abril. O recolhimento desse benefício é direito do trabalhador e obrigação da empresa. Deixar de repassar os valores é crime, por isso, o Sindicato está pronto para adotar medidas legais, caso a fábrica descumpra o compromisso.

Banco de horas e desvio de função
Já faz tempo que a pressão está forte em cima dos trabalhadores para fazerem horas extras aos sábados. Em vez de pagar pelo trabalho adicional, a MWL adotou um banco de horas, que é ilegal.

Em nossa categoria, não há banco de horas, e a empresa não fez nenhum acordo com o Sindicato para implementar o sistema na unidade. Caso as horas extras não sejam pagas, a nossa entidade adotará as medidas cabíveis para a solução da irregularidade.

Como se não bastasse, a empresa vem fazendo desvio de função na surdina, o que expõe os trabalhadores a riscos ocupacionais. A MWL tem histórico de acidentes fatais, e é inaceitável obrigar os operários a trabalhar em funções diferentes. Por isso, na reunião, o Sindicato também exigiu com urgência a classificação correta dos trabalhadores com a devida função exercida e acerto dos salários.

Transporte
Outro tema da pauta de exigências foi a regularização do transporte na fábrica. Sobre isso, a MWL disse que aguarda orçamentos e que logo esse direito voltará a ser cumprido. O Sindicato continuará acompanhando a situação, para cobrar da fábrica a garantia de transporte aos metalúrgicos.

Apropriação indébita
O último tema da pauta de reivindicações foi a falta de repasse das mensalidades sindicais. Desde novembro de 2021, a empresa desconta a mensalidade dos sócios em folha, mas não envia o dinheiro à nossa entidade. O Departamento Jurídico do Sindicato já chegou a protocolar um documento junto à MWL exigindo o pagamento dos valores atrasados, mas nada foi feito.

A MWL também não transferiu o valor assistencial referente à data-base ao Sindicato. Para completar, a empresa desconta valores referentes a convênios com farmácias e plano odontológico dos funcionários, mas não encaminha o dinheiro aos conveniados. Por isso, muitos deles estão desfazendo as parcerias, o que prejudica ainda mais o trabalhador. Ressaltamos que isso é crime e pedimos urgência na resolução do problema.

Nova reunião
O Sindicato e a comissão de trabalhadores devem se reunir novamente com a presidência da MWL em abril, para acompanhar o cumprimento da pauta de exigências.

“Dia após dia, a MWL está desrespeitando os trabalhadores e acumulando irregularidades. Mas o nosso Sindicato é de luta e não vai assistir sentado a esses absurdos. Vamos acompanhar de perto o cumprimento da pauta de reivindicações e adotar todas as medidas necessárias para a regularização desses problemas, que são recorrentes”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato de Almeida.

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