Professores da Educação Básica da rede privada de São Paulo iniciaram as negociações da Campanha Salarial 2021. Terça (2), duas reuniões virtuais foram realizadas entre os Sindicatos filiados à Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp) e os representantes patronais.
A primeira reivindicação apresentada pelos trabalhadores foi proteção dos educadores contra a contaminação por Covid-19, como explica Celso Napolitano, presidente da Fepesp e coordenador da Comissão de Negociação. “Pedimos a volta do ensino remoto, o fechamento das escolas, a paralisação das aulas presenciais na pandemia, a pior desde que iniciamos as medidas de emergência”, ele conta.
Na avaliação do presidente da Federação, as instituições já demonstraram ter condições de usar o esquema de ensino remoto para cumprir com suas obrigações pedagógicas. “Os casos de contaminação se multiplicam nas escolas. Somos notificados de estudantes adoecidos, funcionários contaminados, morte de professores. Nossa prioridade, neste momento, deve ser pela defesa da vida”, informa.
Senai/Sesi – Representantes do Sesi/Senai reconheceram a gravidade da fase pandêmica e se comprometeram a levar a proposta de suspensão das aulas presenciais à diretoria da instituição. Quanto à pauta de reivindicações, houve esclarecimentos e os pontos divergentes serão tratados na próxima reunião.
Educação Básica – Na negociação com a Feeesp (a Federação de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), representantes dos donos de escolas particulares da Educação Básica, houve concordância com a prorrogação da validade da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até aja consenso para sua renovação. No entanto, eles se recusaram considerar qualquer proposta de paralisação voluntária do ensino presencial.
“A posição patronal era esperada, pois eles defendem a volta às aulas a qualquer custo, priorizando a receita das escolas em detrimento da vida. Mas não com essa veemência, principalmente, nesse período de recrudescimento da pandemia”, lamenta o professor.
Celso Napolitano conta que pela primeira vez não foi apresentada uma proposta do setor patronal a fim de retirar direitos. No entanto, o Feeesp não mostrou disposição em renovar as cláusulas da CCT de 2019/2020, conquistadas em julgamento de Dissídio Coletivo. “Várias cláusulas foram adicionadas em sentença normativa do Tribunal. Defendemos que também sejam renovadas”, ele defende.
A data-base dos professores em 1º de março está mantida.
Fonte: Agência Sindical