PUBLICADO EM 29 de nov de 2024
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UGT apoia greve dos trabalhadores da PepsiCo pelo fim da jornada 6×1

 Greve na PepsiCo: Carlos Vicente, presidente do Stilasp, fala ao microfone na assembleia

Greve na PepsiCo: Carlos Vicente, presidente do Stilasp, fala ao microfone na assembleia

Desde o último domingo, 24 de novembro, trabalhadores e trabalhadoras das fábricas da PepsiCo localizadas em Sorocaba e no bairro de Itaquera, em São Paulo, estão em greve. A mobilização, liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo (STILAP), representa um marco histórico para o movimento sindical brasileiro: é a primeira greve do país com foco no fim da jornada de trabalho 6×1.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), junto ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo, manifestou total apoio à paralisação. Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, destacou o caráter histórico da mobilização e reafirmou o compromisso da central com a luta pela extinção desse modelo de jornada. “A greve na PepsiCo é um exemplo de coragem e resistência. A jornada 6×1 representa um modelo ultrapassado que compromete a saúde física e mental dos trabalhadores, além de dificultar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, afirmou Patah.

Josimar Andrade, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, também esteve presente para apoiar a greve e ressaltou que nenhum direito trabalhista foi concedido espontaneamente pelo setor patronal. “Toda conquista veio por meio de muita luta, e, em diversos momentos, essa luta custou o preço mais alto: a vida de quem militava por um ambiente de trabalho mais digno e por uma sociedade mais justa. A paralisação dos trabalhadores da PepsiCo é mais uma demonstração de que direitos não se pedem, se conquistam”, declarou.

A jornada 6×1, em que os trabalhadores têm apenas um dia de folga após seis dias consecutivos de trabalho, é amplamente questionada por organizações sindicais, pois representa um modelo exaustivo que compromete o bem-estar dos trabalhadores. A reivindicação central da greve é a substituição desse regime por um modelo mais equilibrado, como o 5×2, que já foi implementado em várias empresas e setores, demonstrando ser mais humano e produtivo.

Além da jornada de trabalho, os grevistas também demandam melhores condições laborais, reajustes salariais dignos e a ampliação de benefícios. A greve nas fábricas da PepsiCo reforça a importância do diálogo entre empregadores e trabalhadores e destaca a necessidade de avanços nas legislações trabalhistas para garantir mais qualidade de vida à força de trabalho.

A UGT e os Comerciários de São Paulo se comprometeram a continuar apoiando os trabalhadores e seus representantes sindicais. “Essa é uma luta que ultrapassa os portões das fábricas da PepsiCo. Trata-se de um símbolo da resistência trabalhista, que merece o reconhecimento e o apoio de todos que acreditam em uma sociedade mais justa e igualitária”, concluiu Patah.

A UGT reafirma seu posicionamento: direitos trabalhistas e dignidade no trabalho são pilares inegociáveis. A greve na PepsiCo é mais um capítulo de uma longa história de lutas que continuam a moldar o futuro do trabalho no Brasil.

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