A Força Sindical subiu tom e, em nota oficial, deu o recado ao presidente Lula ao afirmar que reduzir o seguro-desemprego é um absurdo. O texto foi enviado à imprensa após o Governo anunciar que estudo mudar as regras do benefício.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, a medida prejudica os trabalhadores. Ele ressalta que a parte mais interessada não foi chamada para conversar sobre o tema.
“Não se mexe em um direito que representa uma segurança financeira para quem está desempregado no mercado formal ou está afastado temporariamente para fazer cursos de qualificação ou é pescador no período do chamado defeso”, diz a nota.
O sindicalista diz ainda que “diminuir esse direito é uma crueldade, é uma visão deturpada de quem nunca sentiu na pele o que é ficar desempregado.”
“Os membros do governo que propõem reduzir o seguro-desemprego repetem a ladainha de outros governos”, reforça o líder sindical.
Ele finaliza o texto dizendo que espera que o presidente Lula não aprove a ideia e convoque as centrais sindicais, representantes dos trabalhadores, para um início de diálogo democrático e franco.
Leia a íntegra da nota:
Presidente Lula: reduzir o seguro-desemprego é um absurdo!
Fomos surpreendidos com as notícias de que ministérios do atual governo federal, em especial o da Fazenda, defendem mudanças no seguro-desemprego. Será que o presidente Lula aprova essa medida prejudicial aos trabalhadores?
Pra começo de conversa, os representantes dos trabalhadores não foram chamados para opinar sobre isso.
Não se mexe em um direito que representa uma segurança financeira para quem está desempregado no mercado formal ou está afastado temporariamente para fazer cursos de qualificação ou é pescador no período do chamado defeso.
Diminuir esse direito é uma crueldade, é uma visão deturpada de quem nunca sentiu na pele o que é ficar desempregado.
Os membros do governo que propõem reduzir o seguro-desemprego repetem a ladainha de outros governos que sempre chamaram de “gastos” o que na verdade são medidas sociais importantes para o povo brasileiro.
Esperamos que o presidente Lula não aprove a ideia e convoque as centrais sindicais, representantes dos trabalhadores, para um início de diálogo democrático e franco.
São Paulo, 16 de outubro de 2024
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
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