PUBLICADO EM 25 de ago de 2023
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Operação apreende 152 toneladas de agrotóxicos ilegais em SP

Os agrotóxicos ilegais eram vendidas no comércio clandestino – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Operação conjunta de órgãos federais para fiscalização de agrotóxicos biológicos e de químicos irregulares em 15 cidades do interior paulista apreendeu 152 toneladas de agrotóxicos ilegais.

A ação – iniciada em 30 de julho – reuniu Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Foram fiscalizadas 29 empresas. As irregularidades encontradas resultaram em multas – aplicadas pelo Ibama e pelo Ministério da Agricultura – que somaram cerca de R$ 10 milhões

Além disso, as atividades das empresas relacionadas aos produtos irregulares foram suspensas.

Os agentes dos órgãos federais identificaram que os agrotóxicos químicos ilegais eram fracionados em recipientes e, em seguida, comercializados em estabelecimentos clandestinos.

Também foi verificada a fabricação de produtos domissanitários (registrados para uso em ambiente urbano) com destinação irregular para o mercado agropecuário.

Microrganismos em agrotóxicos ilegais.

No início de 2023, o ministério analisou 150 produtos e constatou a presença de microrganismos de controle biológico em fertilizantes, adjuvantes e outros produtos ofertados no mercado agrícola, como é o caso dos aceleradores de compostagem.

Os produtos foram submetidos a sequenciamento genético pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/Mapa), no intuito de verificar se havia em suas composições microrganismos de controle biológico, enquadrados como agrotóxicos biológicos.

O resultado mostrou na composição dos insumos que, além de microrganismos utilizados no controle de nematóides (vermes microscópicos) agrícolas, havia patógenos humanos, como Candida sp, Trabulsiella farmeri e Citrobacter amalonaticus.

O último patógeno tem potencial de causar meningite neonatal, informou o ministério.

Acrescentou que os agrotóxicos ilegais representam riscos para o setor econômico agrícola pela falta de eficácia no controle das pragas, além de serem um risco para a saúde humana e ao meio ambiente.

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