Para aprofundar o debate sobre racismo institucional, a Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizou um debate no dia 19, no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, reforçou a importância dos movimentos sociais na luta por melhores condições de vida para todos.
Moisés lembra que a sociedade que queremos, mais justa e fraterna, não será construída sozinha, será em conjunto com os movimentos sociais.
O Sindicato, segundo ele, não reivindica somente melhores condições de trabalho e melhores salários. “Debatemos os temas além das portas das fábricas, a vida, o futuro e a sociedade como um todo”, afirmou.
“A luta contra o racismo tem que estar na pauta cotidiana dos trabalhadores, já que a violência contra negros e negras acontece o tempo todo”, defendeu.
Participaram do debate o doutor em Ciências Humanas e Sociais, Weber Lopes Góes; a secretária de combate ao racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva; o coordenador do Projeto Meninos e Meninas de Rua, Marco Antônio Silva, o Markinhus; a coordenadora do SOS Racismo na Assembleia Legislativa do Estado de SP, Iara Bento; a coordenadora da Creppir (Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) de Diadema, Márcia Damasceno.
Luta antirracista
O coordenador da Comissão de Igualdade Racial, Clayton Willian, o Ronaldinho, explicou que o objetivo reunir movimentos sindical e sociais no apoio à luta antirracista.
Ele destacou que a ideia foi promover essa roda de conversa, fazer a reflexão e reforçar o chamado aos sindicatos para apoiar a luta.
O dirigente sindical diz que a categoria é muito solidária à causa das questões raciais e na defesa de políticas afirmativas.
“Entendemos que é preciso envolver toda a sociedade, pois assim criaremos uma política ampla, com participação dos movimentos sociais”.
Entre os temas tratados, a ação de despejo do Projeto Meninos e Meninas de Rua pela Prefeitura de São Bernardo. “As pessoas mais beneficiadas com o projeto são as crianças da periferia, negros e negras”, destacou.
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