PUBLICADO EM 31 de jul de 2023
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Sindicato debate racismo institucional em São Bernardo

Comissão de Igualdade Racial dos Metalúrgicos do ABC debate racismo institucional. Movimentos sociais unidos pela luta antirracista

Racismo institucional

“Racismo institucional tem que estar na pauta co­tidiana dos trabalhadores porque a violência contra negros e negras acontece o tempo todo”, defendeu Moisés Selerges, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – Foto: Adonis Guerra

Para aprofundar o debate sobre racismo institucional, a Co­missão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC reali­zou um debate no dia 19, no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede.

O presidente do Sin­dicato, Moisés Selerges, reforçou a importância dos movimentos sociais na luta por melhores condições de vida para todos.

Moisés lembra que a sociedade que quere­mos, mais justa e fraterna, não será construída sozi­nha, será em conjunto com os movimentos sociais.

O Sindicato, segundo ele, não reivindica somente melhores condi­ções de trabalho e melhores salários. “Debatemos os temas além das portas das fábricas, a vida, o futuro e a sociedade como um todo”, afirmou.

“A luta contra o racismo tem que estar na pauta co­tidiana dos trabalhadores, já que a violência contra negros e negras acontece o tempo todo”, defendeu.

Participaram do deba­te o doutor em Ciências Humanas e Sociais, Weber Lopes Góes; a secretária de combate ao racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva; o coordenador do Projeto Meninos e Meninas de Rua, Marco Antônio Silva, o Markinhus; a coor­denadora do SOS Racismo na Assembleia Legislativa do Estado de SP, Iara Bento; a coordenadora da Creppir (Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) de Dia­dema, Márcia Damasceno.

Luta antirracista

O coordenador da Comissão de Igualdade Racial, Clayton Willian, o Ronaldinho, explicou que o objetivo reunir movimentos sindical e sociais no apoio à luta antirracista.

Ele destacou que a ideia foi promover essa roda de conversa, fazer a reflexão e reforçar o chamado aos sindicatos para apoiar a luta.

O dirigente sindical diz que a categoria é muito solidária à causa das questões raciais e na defesa de políticas afirmativas.

“Entendemos que é preciso envolver toda a sociedade, pois assim criaremos uma política ampla, com participação dos movimentos sociais”.

Entre os temas tratados, a ação de despejo do Projeto Meninos e Meninas de Rua pela Prefeitura de São Bernardo. “As pessoas mais beneficiadas com o projeto são as crianças da periferia, negros e negras”, destacou.

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