PUBLICADO EM 07 de abr de 2023
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7 de Abril: Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas

7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Para refletir sobre esse problema recorrente. Segundo Benjamim Horta, especialista em prevenção ao bullying, criador do Programa Escola Sem Bullying e diretor-geral da Abrace – Programas Preventivos: “Muitas vezes o bullying pode ser confundido com outros comportamentos que acontecem na escola, tais como: conflitos e desentendimentos. Porém, o bullying é um comportamento repetitivo, agressivo e intencional. E nessa dinâmica, o estudante que a sofre apresenta dificuldades de se defender. Não é brincadeira, é um apelido negativo que expõe algo no outro”.

Para ele, o bullying raramente é provocado por uma só pessoa e sim como um fenômeno grupal. “É preciso recorrer a um adulto, um professor ou alguém que possa nos ajudar nessa intervenção”, esclarece o professor.

A data oferece uma reflexão que se faz ainda mais necessária neste momento em que o Brasil sofre com atentados recentes em escolas e creches.

Reproduzimos aqui dicas do site Educa Brasil para prevenir a violência na escola

1. Criar grupos de ajuda formados por estudantes

Nem sempre o bullying acontece na frente do professor ou de um adulto, geralmente ocorre em momentos de intervalos, dentro dos banheiros e em outros locais onde os educadores não têm acesso. Por isso, os próprios alunos são os mais aptos a identificar o problema entre os colegas. Assim, criar grupos de alunos para identificar casos de bullying pode contribuir para a prevenção de violências nas escolas.

2. Possibilitar a gestão democrática

Quanto maior é o envolvimento dos alunos no ambiente escolar maior é o sentimento de pertencimento ao local. Estudos mostram que as escolas menos violentas são aquelas onde há maior interação dos estudantes com a dinâmica escolar. A participação dos alunos melhora os relacionamentos entre professores, gestão, alunos e funcionários. Assim, a ideia é permitir que os alunos participem mais da rotina escolar.

3. Incentivar que alunos não sejam indiferentes ao bullying

Infelizmente, cerca de 85% dos alunos que presenciam atitudes de bullying e outros tipos de violência na escola apresentam comportamento de indiferença, fingindo não ver a situação. Por isso, é importante estimular a empatia e conscientizar os alunos para intervir caso presenciem alguma violência.

4. Ensinar a Comunicação Não-Violenta (CNV)

Uma boa comunicação é essencial para haver entendimento e evitar situações de conflitos. Por isso, é interessante ensinar aos alunos sobre Comunicação Não-Violenta. Isso contribui para a construção de relacionamentos saudáveis a partir da empatia ao tentar entender o universo de cada pessoa.

5. Mediação de conflitos

Embora os alunos possam cooperar, a atuação do professor e de outros profissionais da escola é importante para combater a violência na escola. Nesse quesito, o educador deve fazer a mediação de conflitos, coordenar reuniões conjuntas ou separadas com os envolvidos e buscar construir um diálogo com os alunos, lembrando de se manter imparcial e não julgá-los.

6. Inventar jogos cooperativos

Há casos de bullying que acontecem durante as aulas de educação física. Por isso, é importante utilizar esse momento para realizar jogos cooperativos onde os jogadores são instruídos a cooperar e ajudar uns aos outros para atingir um objetivo comum. Isso ajuda a promover a cooperação, integração, inclusão, aceitação, parcerias, respeito às diferenças e o desenvolvimento de vínculos afetivos e sociais.

7. Buscar orientações da Defensoria Pública

A comunidade escolar tem à disposição o manual gratuito “Defensoria Pública: cumprindo seu papel na Educação – Dialogando sobre prevenção e conflitos na escola”. O material foi preparado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro e contém informações com linguagem simples, em forma de perguntas e respostas, visando a esclarecer algumas dúvidas comuns sobre diferentes situações de agressões, abusos e maus tratos envolvendo crianças e adolescentes.

Fonte: Sintrabor, Agência Brasil, Educa Brasil

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