
Foto: Roosevelt Cássio
Os trabalhadores da Thecmec Caldeiraria e Tubulações, em Caçapava, prorrogaram a greve iniciada na quinta-feira (8). Eles permanecem de braços cruzados nesta segunda (12) por falta de pagamento dos salários e do 13º.
Inicialmente, a greve duraria 48 horas. Com a mobilização, a empresa tinha se comprometido a pagar os salários de dezembro e metade da primeira parcela do 13º, que estavam atrasados, na sexta (9). Porém, até agora, não cumpriu a promessa.
Diante da incerteza, os trabalhadores permanecerão em greve, até que recebam os valores.
Irregularidades
A fábrica não cumpre os pagamentos na data correta há cerca de três meses. Além disso, há mais de um ano, a Thecmec não deposita o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos trabalhadores.
Para completar, a empresa tem descontado dos holerites o Imposto de Renda e a contribuição do INSS, porém tem se apropriado do dinheiro sem fazer o repasse à Receita Federal e à Previdência.
A Thecmec também deu calote na empresa que fazia o transporte dos trabalhadores e não paga o vale-transporte para eles. Com isso, os funcionários precisam bancar tudo do próprio bolso para ir trabalhar.
Mobilizações
No começo de novembro, os metalúrgicos aprovaram aviso de greve para a fábrica exigindo o fim das irregularidades e a negociação da Campanha Salarial.
Dias depois, a empresa demitiu trabalhadores logo após uma reunião realizada com o Sindicato. Em protesto contra as demissões arbitrárias, os metalúrgicos cruzaram os braços por duas horas.
“A Thecmec não cumpre suas obrigações e ainda ameaça os trabalhadores com demissões. Exigimos que a empresa regularize a situação com urgência. Em pleno dezembro, os trabalhadores não têm como pagar as contas básicas de casa por falta de salários e atraso no 13º. É um absurdo”, afirma a diretora do Sindicato Maria de Fátima Antunes Barbosa, a Fatinha.
A Thecmec tem cerca de 70 trabalhadores. A fábrica se instalou em Caçapava há sete meses, vindo de Jacareí.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos