PUBLICADO EM 07 de nov de 2025

SinSaúdeSP denuncia descumprimentos, atrasos e bloqueio de benefícios na saúde

SinSaúdeSP denuncia irregularidades que impactam os trabalhadores da saúde em São Paulo, incluindo descumprimento salarial.

SinSaúdeSP denuncia irregularidades no pagamento e benefícios dos trabalhadores da saúde em São Paulo. Saiba mais aqui.

SinSaúdeSP denuncia irregularidades no pagamento e benefícios dos trabalhadores da saúde em São Paulo.

O Sindicato da Saúde de São Paulo (SinSaúdeSP) vem denunciando uma série de irregularidades que afetam os trabalhadores e trabalhadoras da saúde na capital paulista. Entre os problemas relatados estão o descumprimento do reajuste salarial de 5,32%, o não pagamento de abonos e vales alimentação, além de atrasos salariais e suspensão de benefícios básicos.

INTS descumpre Convenção Coletiva

No início da semana, o sindicato recebeu denúncias de que o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) não está cumprindo os novos valores conquistados em Convenção Coletiva. Segundo os relatos, a empresa não aplicou o reajuste salarial de 5,32%, não corrigiu os vales alimentação e refeição e deixou de pagar o abono indenizatório de 12% previsto no acordo da categoria.

O presidente do SinSaúdeSP, Jefferson Caproni, enviou ofício tanto à direção do INTS quanto à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, exigindo o cumprimento imediato da Convenção. Caproni alertou que, caso a irregularidade persista, o sindicato acionará judicialmente a empresa para garantir os direitos dos profissionais da enfermagem.

“Não aceitaremos retrocessos. O reajuste e os benefícios foram conquistados em mesa de negociação e precisam ser pagos integralmente”, afirmou o dirigente.

Sindicato alerta para prazo legal de pagamento

Diante de novas denúncias de empresas que ainda não haviam efetuado o pagamento dos reajustes e abonos, o SinSaúdeSP esclareceu que o prazo para o pagamento dos novos valores se encerrava às 23h59 do dia 6 de novembro de 2025, quinto dia útil do mês.

O comunicado reforçou que, enquanto o prazo estivesse vigente, não se poderia falar em descumprimento da Convenção, mas que o sindicato monitoraria de perto o cumprimento das obrigações.

Caproni informou que, a partir do dia 7, o sindicato encaminharia ofícios às empresas infratoras, solicitando explicações. Caso a situação não fosse regularizada, seriam adotadas medidas judiciais para garantir o pagamento devido.

“Já estamos atuando nos casos em que os prazos expiraram. O trabalhador pode ter certeza de que o sindicato está atento e não permitirá prejuízos à categoria”, destacou o presidente.

Denúncia contra a Prefeitura de São Paulo

A situação mais grave envolve a própria Prefeitura de São Paulo, que, segundo o SinSaúdeSP, vem demonstrando descanso e irresponsabilidade com os trabalhadores das Organizações Sociais (OSs) que atuam na saúde pública, especialmente na área da telemedicina.

O sindicato denuncia que os profissionais estão com salários atrasados, vales alimentação e refeição bloqueados, convênios médicos suspensos e sem recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
O motivo seria o não repasse dos recursos por parte da Prefeitura, apesar de haver verba disponível em caixa para os pagamentos.

“É inadmissível que trabalhadores essenciais à saúde pública fiquem sem salário e sem benefícios porque o poder público não cumpre sua parte. A Prefeitura tem o dinheiro e precisa pagar imediatamente”, declarou Caproni.

O presidente anunciou que irá ao ar ao vivo às 16h desta quinta-feira (7/11) para denunciar o caso publicamente e apresentar as medidas jurídicas e políticas que o SinSaúdeSP já está tomando para resolver o impasse.

Compromisso com a categoria

As três denúncias reforçam o papel do SinSaúdeSP na defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores da saúde, especialmente em um momento em que os atrasos e descumprimentos salariais se tornam cada vez mais frequentes.

“A luta é contínua. O sindicato seguirá firme, cobrando das empresas, das OSs e do poder público o respeito aos acordos firmados e às condições dignas de trabalho”, concluiu Caproni.

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