PUBLICADO EM 06 de maio de 2022

OIT defende acordos coletivos como essenciais para recuperação do mercado de trabalho

De acordo com um novo relatório lançado pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, 35% dos funcionários de 98 países têm seus salários, horas de trabalho e outras condições profissionais regidas por acordos coletivos.

A agência da ONU defende que este tipo de negociação seja feita sempre que possível e destaca que o diálogo entre trabalhadores e seus empregadores é muito importante para a recuperação pós-pandemia

Segurança profissional
O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, declarou na quinta-feira que com os confinamentos e as pressões sobre a tradicional jornada de trabalho “das 9h às 17h”, negociações voluntárias conhecidas como acordos coletivos tem provado o seu valor, especialmente com o trabalho remoto.

Com o aumento dos preços em vários setores, Ryder destaca que os profissionais querem “garantir segurança no trabalho e licença-médica remunerada, que foi comprovada como crítica nos últimos dois anos.”

Ao mesmo tempo, o chefe da OIT nota que os empregadores ficaram satisfeitos com acordos que “permitiram manter funcionários experientes, para que assim pudessem recomeçar e se recuperar”.

Iniciativa diminui desigualdade salarial
Ryder garante que quanto maior for a percentagem de trabalhadores cobertos por acordos coletivos, menor é a desigualdade salarial. Outra vantagem é “o aumento da igualdade e da diversidade no ambiente de trabalho.”

Em muitos países da União Europeia e no Uruguai, mais de 75% dos funcionários firmaram um acordo coletivo, enquanto na metade dos países onde existem dados disponíveis, o índice é de 25%.

Acordos de trabalho flexíveis também foram negociados durante a pandemia, para que empregados, em especial mulheres, pudessem ter mais equilíbrio entre carreira e vida pessoal, principalmente com o encerramento das escolas e com cuidados de familiares que ficaram doentes.

Guy Ryder faz um apelo para que mais países “abracem o diálogo entre trabalhadores e empregadores” e estimulem a assinatura de acordos coletivos nos vários setores do mercado de trabalho.

Fonte: ONU News

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