“Os países da América Latina e do Caribe mantiveram louvável política de portas abertas para os refugiados e migrantes venezuelanos”, disse Eduardo Stein, representante especial conjunto da Acnur-OIM para refugiados e migrantes da Venezuela. “No entanto, sua capacidade de recepção está severamente comprometida, exigindo uma resposta mais robusta e imediata da comunidade internacional, para que essa generosidade e solidariedade possam continuar.”
Atualmente, a Colômbia abriga o maior número de venezuelanos, com mais de 1 milhão de vivendo no país. Todos os dias, cerca de 3.000 venezuelanos chegam à Colômbia. Segundo o governo, até 2021, 4 milhões de venezuelanos poderiam estar no país, o que custaria US$ 9 bilhões anuais.
Em seguida, está o Peru, com mais de 500 mil venezuelanos. No Equador vivem mais de 220 mil, enquanto na Argentina vivem 130 mil, e no Chile, mais de 100 mil. No Brasil vivem hoje 85 mil.
Países da América Central e do Caribe também registram mais chegadas de venezuelanos. O Panamá já conta com 94 mil.
Um em cada 12 venezuelanos deixa o país, impulsionado pela violência e pela pior crise econômica do país, com hiperinflação e escassez de alimentos e remédios. O êxodo acelerou nos últimos seis meses, disse William Spindler, do Acnur, que apelou por maiores esforços internacionais para aliviar a pressão sobre os venezuelanos.
Autoridades dos países da região devem se reunir em Quito, no Equador, em 22 e 23 de novembro, para tratar do problema do êxodo de venezuelano e coordenar esforços humanitários. (Com agências internacionais)
Fonte: Valor Econômico