PUBLICADO EM 10 de fev de 2021
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Metalúrgicos do ABC debatem nacionalização da Ford

A luta segue para tentar manter a Ford no Brasil e preservar os 5 mil empregos diretos que serão perdidos com o fechamento das plantas em Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE).

Se contar também os indiretos e induzidos, o total pode chegar a 119 mil postos de trabalho. O foco principal, pautado pelos trabalhadores, é a possibilidade de nacionalização da Ford.

Para detalhar o assunto, os diretores executivos dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo e Aroaldo Oliveira da Silva, este também presidente da IndustriALL Brasil, e o presidente da Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários), Leo Pinho, solicitaram um debate na Câmara dos Deputados.

O encontro virtual, que ocorreu no último dia 3, foi promovido pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), Helder Salomão (PT/ES). Na ocasião foi assinada uma nota técnica com considerações sobre o fechamento das unidades da Ford no país.

Entre os parlamentares, a ideia é viabilizar um Projeto de Lei, assinado por representantes de diversos partidos, para nacionalização da Ford, com objetivo de reverter o impacto do fechamento da fábrica e o processo de desindustrialização no país.

No dia 5, também houve uma reunião para tratar do tema, desta vez na plenária do Conselho Nacional de Direitos Humanos. O Conselho aprovou recomendação que pede a elaboração de projetos de lei para nacionalização das fábricas da Ford no Brasil, com envio do documento à Câmara dos Deputados e ao Senado.

Em ambas se discutiu as arbitrariedades da Ford e as violações de acordos e convenções internacionais. As denúncias foram aprovadas para serem encaminhadas à ONU (Organização das Nações Unidas), OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e OIT (Organização Internacional do Trabalho) contra a montadora, que não seguiu os princípios de transparência e negociação.

“Esta decisão é de total falta de responsabilidade com trabalhadores diretos, com os demais trabalhadores afetados e com o Brasil. Temos que pontuar a responsabilidade da Ford nesta decisão porque ela abre mão da produção, mas não do mercado consumidor”, afirmou Aroaldo.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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