PUBLICADO EM 01 de out de 2021
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Metalúrgicos de S J dos Campos garantem reajuste e direitos para mais de 4 mil trabalhadores

Com a Campanha Salarial de 2021 chegando à reta final, 4.318 mil metalúrgicos já estão com reajuste dos salários (10,42%) e a renovação de todos os direitos garantidos nas convenções coletivas.

Na quarta-feira (29), representantes do Sindicato foram à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e assinaram as convenções com sete grupos patronais. São eles:

– Simefre: equipamentos ferroviários e rodoviários (direitos renovados por um ano);
– Sinafer: artefatos de ferro (direitos renovados por um ano);
– Sifesp: fundição (direitos renovados por dois anos e inclusão de licença remunerada para trabalhadoras vítimas de violência doméstica);
– Sicetel: trefilação e laminação de metais ferrosos (direitos renovados por um ano);
– Sindratar: refrigeração (direitos renovados por dois anos);
– Siniem: estamparia (direitos renovados por um ano);
– Siescomet: esquadria (direitos renovados por um ano);

Cláusulas sociais

Em todos os grupos, foram assegurados os direitos por um ou dois anos, de acordo com o setor. Em um momento de grave crise econômica e social, agravada pela pandemia, a renovação das cláusulas sociais representa uma vitória ainda mais importante do que as econômicas. A mobilização da categoria, com aprovação de aviso de greve, garantiu que nenhum direito sequer fosse retirado.

“Os metalúrgicos sabem que esses direitos vieram após décadas de luta e, por isso, não abrem mão deles. O recado foi dado aos patrões: ninguém mexe nas conquistas históricas desta categoria”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Assembleias

Nesta Campanha Salarial, o Sindicato realizou assembleias em 56 fábricas, além de três assembleias gerais, dando espaço para que os metalúrgicos participassem das discussões e decisões.

Nas negociações com os grupos patronais, o Sindicato manteve pulso firme para defender os trabalhadores diante das tentativas de retirada de direitos e parcelamento dos reajustes. Todas essas propostas foram rejeitadas pela categoria.

Nos grupos que ainda insistem em empurrar esses ataques, o Sindicato já protocolou aviso de greve. Agora, a negociação é direto com as fábricas. Os setores que ainda não assinaram as convenções são aeronáutico, autopeças, fios e cabos elétricos, máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos, forjaria, parafusos e metais não ferrosos.

Mulheres

Para as mulheres, houve um grande avanço no setor de fundição e em diversas fábricas que tiveram acordo assinado diretamente com o Sindicato. As trabalhadoras conquistaram uma cláusula que garante licença remunerada para vítimas de violência doméstica. Esse direito está garantido para companheiras da Avibras, Caoa Chery, Ericsson, Prolind, Panasonic, Retin, Cambará, Cal Leve, Iwata e fábricas do setor de fundição, como a Winoa.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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