PUBLICADO EM 30 de jul de 2024
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Manifestação nacional das centrais pede queda nas taxas de juros

A intenção da manifestação nacional das centrais foi sensibilizar os membros do Copom, órgão do Banco Central do Brasil (BC) para reduzirem a taxa básica de juros (Taxa Selic)

Manifestação nacional das centrais pede queda nas taxas de juros

Manifestação nacional das centrais pede queda nas taxas de juros – Foto: Jaélcio Santana

As Centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e Intersindical) e sindicatos de diversas categorias protestaram, nesta terça-feira (30), contra a manutenção da taxa de juros do Banco Central (BC), a Selic, em patamar elevado. A manifestação foi em frente ao prédio do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, região central da cidade. Intitulado Menos Juros, Mais Empregos, o protesto também pediu a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

“A taxa de juros, no atual patamar de 10,5% ao ano, a segunda maior do planeta, é criminosa. Elimina investimento produtivo, e promove a maior transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos”, criticou o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.

Rodrigo de Morais do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e Mogi

Rodrigo de Morais do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e Mogi

Para as centrais sindicais, Campos Neto tem argumentado de maneira mentirosa para manter a taxa em patamar elevado. “Entre eles [argumentos], questões fiscais, maior equilíbrio da economia e controle da inflação. No entanto, todos os indicadores econômicos do país têm apresentado expressiva melhora desde o início de 2023, entre eles a queda da inflação e o crescimento econômico e do nível de empregos”, diz a CUT.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ressaltou a união entre as centrais sindicais e o fato de o protesto ter ocorrido em várias as capitais. “Apesar da chuva em São Paulo, as centrais sindicais manifestaram sua oposição à taxa de juros existentes no país. Nós acreditamos que reduzir a taxa de juros é gerar mais empregos, alavancar a produção nacional, as indústrias e ao mesmo tempo o consumo e o comércio”, disse Juruna.

O vice-presidente da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite (Serginho) disse que as centrais sindicais não irão descansar enquanto os juros não baixarem.

“Queremos juros baixos para que o país continuem no caminho do crescimento com a geração de empregos de qualidade com carteira assinada.”

Márcio Ferreira, presidente do Sintrabor, reforçou que os trabalhadores tem que continuar pressionando por taxas mais baixas.

Veja mais fotos do ato de São Paulo Aqui

Porto Alegre

Integrantes de movimentos populares e centrais sindicais realizaram na manhã desta terça-feira, em frente a sede regional do Banco Central (BC), no Centro Histórico de Porto Alegre, uma manifestação a favor da redução da taxa de juros.
O ato, com cerca de 450 participantes, segundo os organizadores, mais a presença de um trio elétrico e bandeiras, ocorreu na véspera do anúncio da nova taxa de juros básica da economia, que deverá ser divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC nesta quarta.

“Queremos ainda uma política mais efetiva sobre a questão da moradia àqueles que foram afetados pelas enchentes. E não tem sentido o Brasil ter um dos maiores juros do mundo em um contexto de inflação contida. No governo federal anterior, o juro era muito mais baixo com uma situação muito pior da economia”, disse o vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores no RS (CUT-RS), Dary Beck Filho.

Representantes da Força Sindical no ato. Ao centro Claudio Correa

Representantes da Força Sindical no ato. Ao centro Claudio Correa

Claudio Correa, do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, representante da Força Sindical no ato disse que é fundamental a redução da taxa de juros: “A luta para reduzir os juros garante investimento e mais empregos”, afirmou o dirigente.

Em seguida, os manifestantes seguiram em marcha pela região central da Capital rumo ao Palácio Piratini, aumentando o número de participantes do protesto contra o projeto de reforma de carreiras do Estado, a ser votado ainda nesta terça na Assembleia Legislativa.

Os protestos desta terça-feira ocorrem por ocasião da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que define a taxa de juros no país. As reuniões do Copom são realizadas a cada 45 dias.

Com Agência Brasil

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