PUBLICADO EM 21 de mar de 2025

A história dos metalúrgicos de São Paulo; leia aqui

Livro celebra os 90 anos do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, uma trajetória marcada por lutas, conquistas e desafios no cenário trabalhista e industrial brasileiro. Fundado em 1932, o sindicato acompanhou e protagonizou momentos históricos decisivos para a classe operária, desde as primeiras greves por melhores condições de trabalho até os embates contemporâneos em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, greve na Phlico, 1986.

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, greve na Phlico, 1986.

Por meio deste registro detalhado, resgatamos a importância da organização sindical na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, destacando a força e a resiliência dos metalúrgicos ao longo das décadas. Esta obra não apenas revisita o passado, mas também aponta para o futuro, reafirmando o compromisso da entidade com a luta pelos direitos trabalhistas e pelo fortalecimento da indústria nacional.

Destacamos alguns pontos importantes

1. Fundação e Contexto Histórico (1932)

O sindicato foi fundado em 27 de dezembro de 1932, no início do processo de industrialização do Brasil. Surgiu em um contexto de mudanças políticas e sociais no país, marcado pela Revolução Constitucionalista e pela ascensão do governo de Getúlio Vargas. Nos primeiros anos, as principais reivindicações eram a redução da jornada de trabalho, aumento salarial e melhores condições para os trabalhadores.

2. Crescimento e Organização Sindical

Ao longo das décadas de 1930 e 1940, o sindicato enfrentou repressões e intervenções governamentais, mas continuou se fortalecendo. Em 1941, foi lançado o jornal O Metalúrgico, importante veículo de comunicação da categoria. A sede própria foi inaugurada em 1954, na Rua do Carmo, consolidando a presença do sindicato na organização dos trabalhadores.

3. Mobilizações e Grandes Greves

Greve dos 300 mil (1953): marco na luta contra a carestia e por aumento salarial, levando ao reajuste de 32%.

Greve dos 400 mil (1957): mobilização massiva por reajustes salariais, enfrentando forte repressão policial.

Greves do final dos anos 1970: fortaleceram a resistência contra a ditadura e impulsionaram a reorganização sindical no país.

4. O Sindicato Durante a Ditadura Militar (1964-1985)

Em 1964, sofreu nova intervenção após o golpe militar. Mesmo sob repressão, o sindicato articulou importantes ações, como o Movimento Intersindical Antiarrocho (MIA) e a participação nas greves de 1978 e 1979. Teve papel crucial na campanha das Diretas Já, em 1984.

5. Redemocratização e Novos Desafios

Nos anos 1990, participou da fundação da Força Sindical (1991) e das Marchas da Classe Trabalhadora. Enfrentou o impacto da desindustrialização e da terceirização, que afetaram a organização dos trabalhadores. A Reforma Trabalhista de 2017 representou um duro golpe ao movimento sindical, reduzindo receitas e enfraquecendo a negociação coletiva.

6. O Sindicato Hoje

Apesar dos desafios, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo continua sendo uma das mais importantes entidades de classe do Brasil. Segue atuando na defesa dos direitos trabalhistas e na luta por melhores condições para os trabalhadores da indústria metalúrgica. Seu legado é a resistência e a capacidade de adaptação às transformações do mundo do trabalho.

Leia aqui o livro na íntegra

Clique na capa do livro e confira a edição

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