PUBLICADO EM 12 de nov de 2020
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Índice de Gini cai em 2019, mas Brasil ainda é o nono país mais desigual do mundo

De acordo com dados do Banco Mundial para o relatório World Development Indicators, o Brasil permanece como um dos mais desiguais do mundo quando se trata da distribuição de renda entre seus habitantes, sendo o nono país mais desigual do mundo nessa avaliação.

Foto: Rede Brasil Atual

O índice de Gini, que é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, foi de 0,543 em 2019, recuando em relação a 2018 (0,545) e aumentando frente a 2015 (0,524), o menor índice da série da PNAD Contínua levantada pelo IBGE.

A região Sul tinha a menor desigualdade de rendimentos (0,467 em 2019). O Nordeste apresentou o maior crescimento percentual do indicador entre 2012 e 2019 (2,4%) e foi a única região onde o Gini cresceu, entre 2018 e 2019, passando de 0,545 para 0,559. Três capitais nordestinas se destacaram como as mais desiguais: Recife (0,612), João Pessoa (0,591) e Aracaju (0,581). A única capital a ficar abaixo do patamar de 0,500 foi Goiânia, com Gini de 0,468.

De acordo com dados do Banco Mundial para o relatório World Development Indicators, o Brasil permanece como um dos mais desiguais do mundo quando se trata da distribuição de renda entre seus habitantes, sendo o nono país mais desigual do mundo nessa avaliação.

A Síntese mostra que a análise da evolução temporal da extrema pobreza no Brasil teve agravamento em relação ao início da série, com aumento de 13,5% na incidência pela linha de US$1,90 PPC, passando de 5,8%, em 2012, para 6,5% da população, em 2019. Em relação à 2018 (6,5%), houve estabilidade.

Pela linha de US$ 5,50 PPC, houve redução na proporção de pobres entre 2012 e 2019, de 26,5% para 24,7% da população. Frente a 2018, a proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixo dessa linha caiu 0,6 ponto percentual, passando de 25,3% para 24,7%.

Brancos ganham em média 69,3% mais do que pretos e pardos

A presença dos pretos ou pardos é maior na Agropecuária (62,7%), na Construção e nos Serviços domésticos (66,6%), atividades que possuíam rendimentos inferiores à média em 2019. Já nos serviços de Informação, atividades financeiras e outras atividades profissionais e Administração pública, educação, saúde e serviços sociais, cujos rendimentos médios foram bastante superiores à média, são os agrupamentos de atividades que contavam com a maior participação de pessoas ocupadas de cor ou raça branca.

Entre os que se declararam brancos, 14,7% eram pobres e 3,4% eram extremamente pobres, enquanto entre pretos e pardos 32,3% eram pobres e 8,9% eram extremamente pobres.

IBGE

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