A importação de produtos com valor de até US$ 50 (cerca de R$ 240) cresceu 11,4% nos sete primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022.
O total de itens chegou a 3,3 bilhões, dos quais a maioria teve como origem a China.
Os dados são de um estudo divulgado nesta sexta-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A importação de mais de 10 mil tipos de bens de consumo com valor individual de até US$ 50 foi analisada. E, de acordo com a pesquisa, a importação de produtos chineses subiu 38% neste período.
Com 1,3 bilhão de unidades eles representam atualmente quase 40% do total de itens importados pelos consumidores brasileiros.
O Paraguai aparece em segundo lugar como país de origem, com apenas 296 milhões de unidades (8,9%).
A alta, de acordo com CNC, foi estimulada pela valorização do real ante o dólar e a alta carga tributária doméstica.
“A diferença na carga de impostos sobre o consumo no Brasil e no exterior foi um fator crucial para o aumento das importações de bens de consumo”, explica o economista responsável pelo estudo, Fabio Bentes.
De acordo com a CNC, esse tipo de comércio reduz a competitividade do produto nacional.
A confederação pede que haja uma isonomia tributária para as importações de bens de consumo de baixo valor.
A isenção federal entrou em vigor em 1º de agosto para compras online de até US$ 50.