Por Gina Martinez
Naquela época, o pai de Barbara Moss, Jay A. Brown, trabalhava como assessor do deputado Thomas Rees. Ele participou do evento, registrando-o em filme colorido. “O que eu e minha mãe podemos imaginar é que meu pai provavelmente levou sua câmera com ele nesse dia – ele sempre tinha sua câmera – e por algum milagre disparou filme colorido na câmera”, Moss disse à revista TIME.
As fotografias resultantes mostram King no pódio e também capturaram a multidão ouvindo o discurso. Moss redescobriu as fotos, cerca de 50 anos mais tarde, depois que seu pai faleceu em 2013. Embora seu pai fosse um “purgador” (“ele jogava tudo fora”, ela disse), ele havia guardado aquelas fotos reveladas, e ficou imediatamente claro que elas mostravam Martin Luther King Jr em ação.
“Em recente mudança, eu redescobri a caixa em uma gaveta de escrivaninha, e foi como ‘oh, meu Deus”, ela disse.
Ela soube por um amigo que trabalhou no escritório de impressão e serviços fotográficos no Smithsonian, que muitos fotógrafos profissionais usavam filmes preto e branco naquela época porque os jornais não imprimiam fotos coloridas. Sabendo que fotografias coloridas tinham um nível extra de interesse, e que elas nunca haviam sido publicadas, ela decidiu compartilha-las.
“São um tesouro americano, elas não deveriam estar em uma gaveta”, ela disse. “Quando eu percebi o valor que elas tinham, eu soube que nós tínhamos que fazer algo com elas”.
Moss disse que, para ela, as fotos não são apenas especiais por sua qualidade – elas também são especiais por causa da duradoura relevância do trabalho da vida de King.
“Se Martin Luther King estivesse vivo hoje, o que ele estaria dizendo agora?” ela ponderou. “Sua mensagem era tão importante, e ressoa hoje claramente.”
Fonte: GINA MARTINEZ para time.com
Tradução Luciana Cristina Ruy