PUBLICADO EM 10 de ago de 2018
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Dez mil pessoas presentes no “Dia do Basta” em São Paulo

Aproximadamente dez mil pessoas participaram hoje, dia 10, em frente à Fiesp, na Avenida Paulista, em São Paulo, do “Dia do Basta – Em Defesa do Emprego, da Aposentadoria de dos Direitos Trabalhistas”. O ato, promovido pelas centrais sindicais, reuniu em São Paulo trabalhadores de diferentes categorias, como metalúrgicos, químicos, professores, trabalhadores em condomínios e edifícios, na indústria da alimentação e em refeições coletivas, entre outros e milhares por todo o País.

Passeata na Avenida Paulista: da sede da Fiesp até sede da Petrobras

Por Dalva Ueharo

O presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres, destacou que os três eixos escolhidos para o ato de hoje – emprego, reforma trabalhista e reforma da Previdência – fazem parte da Agenda Prioritária, documento composto por 22 reivindicações pelas quais o movimento sindical lutará neste ano.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical/ Foto: Jaélcio Santana

“Levamos este documento para os candidatos a presidente da República, mesmo aqueles que sabemos que não irão atender nossos pleitos. Mas, pelo menos não poderão dizer que não sabiam do que se tratava”, afirmou.

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Miguel disse também que, em outubro os trabalhadores terão uma grande chance: escolher os candidatos comprometidos com a classe trabalhadora, e que aqueles que mostram-se contrários aos interesses dos trabalhadores sejam derrotados nas urnas. “Não dá para aguentar esta situação pela qual o País atravessa, com treze milhões de desempregados. O ato, realizado em frente à Fiesp, tem um simbolismo, pois este local é a marca do capitalismo e da reforma trabalhista”, enfatizou.

Já João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, ressaltou a importância da manifestação feita não só na Avenida Paulista, mas em vários bairros de São Paulo e em outros Estados, além da unidade das centrais. Ele lembrou, ainda, que 2018 é um ano importante. “Precisamos ter consciência de que é necessário votar em candidatos comprometidos com os trabalhadores”, afirmou.

Vagner Freitas, presidente da CUT/Foto: Roberto Parizotti (Sapão)

O presidente da CUT ressaltou que o próximo governo deve revogar a reforma trabalhista, taxar as grandes fortunas e os lucros, impedir a reforma da previdência e trabalhar pelo desenvolvimento econômico do país, “que é o verdadeiro gerador de empregos”. “Escolhemos este local como um símbolo, porque a Fiesp patrocinou o golpe. Os empresários financiaram o golpe com o objetivo de retirar direitos dos trabalhadores. Vamos fazer rico pagar imposto. Não adianta só tirar pobre da miséria, tem de tirar dinheiro dos ricos”, disse.

Adilson Araujo, presidente da CTB

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, cotado para ser vice de Manuela D’Ávila antes da retirada de candidatura dela para ser vice de Fernando Haddad (PT), em caso de cassação do registro de Lula, exaltou a união em torno do ex-presidente.

“Hoje, 75% da população reconhece que a vida piorou desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. São milhões de desempregados e desamparados. Famílias que já tiveram melhores condições de vida, que puderam viajar e estudar, sem recurso para comprar um gás. É possível romper esse ciclo neoliberal em busca de um país mais igualitário com a união dos trabalhadores”, afirmou Araújo.

Ricardo Patah, presidente da UGT

Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah disse que o povo brasileiro está sendo devastado pelo golpismo do governo Temer, “mas Lula está livre na mente da população”. “Mesmo preso ele é líder. E por que? Porque fez muito por esse país e tirou milhões da miséria”, afirmou.

Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR/Força Sindical

Sérgio Luiz Leite, 1º secretário da Força, também citou os protesto realizados pelas categorias e as assembleias nas portas de fábricas, onde foram debatidos o desemprego, a crise econômica e a retirada de direitos. “Mostramos sempre que o Brasil tem jeito, mas é preciso votar com consciência em candidatos que representam os trabalhadores”, falou.

Mônica Veloso, vice presidente da CNTM

“O Dia do Basta marca a forma como entendemos que os trabalhadores devem ser tratados: com cidadania. Os treze milhões de desempregados têm rosto: são os negros, mulheres e moradores da periferia. Queremos um País mais justo”, afirmou Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

A secretária da Mulher da Força, Maria Auxiliadora dos Santos, observou que “a reforma prejudicou os trabalhadores. As categorias, especialmente as que estão em campanha salarial, enfrentam a pressão dos empregadores para a retirada de direitos, mas vamos continuar lutando para impedi-los”.

A ação na Avenida Paulista foi pacífica e terminou com uma marcha até a sede da Petrobras, na mesma região. Durante todo o ato, um grupo de policiais protegeu o sapo inflável que fica na sede da Fiesp, representando a recusa a aumento de impostos.

Veja fotos do ‘Dia do Basta’, em São Paulo
Veja fotos do ‘Dia do Basta’, em outros estados

Fonte: Com informações da Rede Brasil Atual e Vermelho

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