PUBLICADO EM 27 de nov de 2020
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Desocupação alta reflete discriminação estrutural entre brancos, pretos, mulheres e homens

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (27) pelo IBGE, que mostra que taxa de desocupação chegou a 14,6% no terceiro trimestre do ano, 14,1 milhões de pessoas, confirma a discriminação estrutural que privilegia homens adultos e brancos em detrimento de mulheres, pretos, pardos e jovens de até 24 anos.

Segundo o IBGE o percentual de desocupação foi de:

12, 8% para homens

16,8% para mulheres

11,8% para brancos

16,5% para pardos

19,1% para pretos

31,4% para jovens entre 18 e 24 anos.

Pretos e pardos acima da média nacional e a menor taxa de desocupação entre os brancos: 11,8%.

Para a analista da pesquisa, esses dados indicam uma continuidade de uma distinção estrutural. “A gente acompanha que pretos e pardos têm taxa de desocupação maior e isso pode estar ligado à questão da baixa escolaridade dessa população e também de um maior nível de pessoas fora da força nessa população. É mais a continuidade de um processo que já existe e que em alguns momentos ele é intensificado e em outros não. Mas estruturalmente a diferença permanece”, diz Beringuy.

IBGE

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