O racismo estrutural sob o refúgio da esquizofrenia

Durante muitos anos e ainda hoje é recorrente no Brasil a noção de que não haveria racismo no país. O mito da democracia racial, cunhado em Casa-Grande e Senzala por Gilberto Freire é o ponto de partida disto no plano das ideias. Outra grande quantidade de tinta foi gasta para contrapor essa narrativa, de Florestan Fernandes e Roger Bastide já na década de 50, passando por Darcy Ribeiro, Clóvis Moura e mais recentemente Silvio Almeida. Foi possível teoricamente desconstruir a noção de democracia racial brasileira e escancarar um racismo estrutural fundado na idiossincrasia do desenvolvimento do capitalismo na terra brasílis, sob a égide da mão de obra escrava.