Centenas de sindicalistas participaram do ato promovido pelas centrais sindicais – Força Sindical, CUT, UGT, CSB, CTB, Nova Central, Pública e Intersindical, na manhã desta terça-feira (18), para protestar contra os juros altos.
Durante o ato, realizado em frente a sede do Banco Central (BC), em São Paulo, eles exigiram a queda da Taxa Selic que hoje está em 10,50% a.a..
Aos gritos de “fora Campos Neto (presidente do BC)” e “juros baixos já” os manifestantes alertaram sobre os riscos da taxa de juros continuar em patamar tão elevado.
Vale lembrar que o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central (BC), se reúne nesta terça e quarta-feira (18 e 19), para decidir se mantém os juros em 10,50% ou se diminui a taxa.
Desde agosto do ano passado, a taxa vinha sendo reduzida em meio ponto percentual a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, na última decisão de maio, a queda foi de apenas 0,25%, o que gerou críticas e motivou novas manifestações como a de hoje.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), ressaltou que os juros altos inibem a produção, o crescimento econômico e a geração de empregos.
“O motivo de estarmos aqui hoje é lutar pela redução dos juros e dar um basta nesta política adotada pelo Banco Central que trava o crescimento do país, inibindo a produção, o consumo e a geração de empregos, dificultando que a população tenha condições de vida digna”, acrescentou Juruna.
O sindicalista disse ainda que se o Banco Central adotar essa política de manutenção da taxa de juros em 10,50% a.a. estaremos num caminho desastroso para a economia do País.
“Os membros do Copom precisam decidir pela redução da Taxa Selic para o país continuar no rumo do crescimento e desenvolvimento
A vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira (bancária), tem criticado o boicote contra a economia do país, praticado pelo Banco Central, e que impacta o crescimento da economia e prejudica a geração de emprego digno.
“O BC alega que a Selic precisa ser alta para conter a inflação, mas esta segue sob controle e existem outros métodos para conter a inflação que não é esse, que causa prejuízos para todo o país”, destacou Juvandia Moreira.
O presidente da CTB-SP, Rêne Vicente, destacou a importância do ato unificado das centrais sindicais, enfatizando que ele marca um posicionamento claro contra a atual política de taxas de juros elevadas.
“Estamos aqui pelo ‘fora Roberto Campos Neto’ e por uma política desenvolvimentista que priorize juros baixos, valorização do trabalho, geração de emprego e distribuição de renda”, declarou Rêne.
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