PUBLICADO EM 07 de jun de 2018
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Unidade das centrais sindicais e a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora

A Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora resultou de meses de debates entre sindicalistas e técnicos do Dieese em um processo democrático e necessário para definição dos atuais objetivos da luta dos trabalhadores brasileiros, sobretudo no momento crítico que o país vive, depois do golpe antinacional, antidemocrático e antipopular de 2016.

Juruna

O Fórum das Centrais (que reúne entidades como Força Sindical, CSB, CTB, CUT, Intersindical, Nova Central e UGT) lançou nesta quarta-feira,  6 de junho, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora – Democracia, Soberania e Desenvolvimento com Justiça Social: Trabalho e Emprego no Brasil. O título longo resume o sentido das 22 reivindicações que serão apresentadas aos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e aos pré-candidatos à presidência da República. Foi um evento de trabalhadores e também um fato político de enorme importância, na atual conjuntura que antecede a disputa presidencial que ocorrerá daqui a quatro meses.

A Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora resultou de meses de debates entre sindicalistas e técnicos do Dieese em um processo democrático e necessário para definição dos atuais objetivos da luta dos trabalhadores brasileiros, sobretudo no momento crítico que o país vive, depois do golpe antinacional, antidemocrático e antipopular de 2016. O debate em torno de uma Agenda unificada entre as centrais sindicais remonta ao Conclat de junho de 2010, realizado em São Paulo, quando também apresentados aos presidenciáveis uma pauta de reivindicações consolidadas na Agenda da Classe Trabalhadora.

A nova Agenda resume as principais reivindicações que constam daquele documento, e acrescenta novas e urgentes demandas. São 22 propostas com medidas para fortalecer a economia brasileira, retomar o crescimento econômico, valorizar o trabalho e a renda do trabalhador, a representatividade sindical e defender a soberania nacional.

Além de sua relevante pauta, de natureza econômica, trabalhista e sindical a Agenda lançada hoje em São Paulo tem dimensão política expressa na unidade da liderança dos trabalhadores, de seus dirigentes sindicais, apontando a necessidade dos trabalhadores caminharem juntos, unidos, para a eleição de outubro próximo, quando mais uma vez irão decidir pelo programa que estará à frente do país, controlando o governo federal. E que poderá ser novamente um programa nacional de desenvolvimento para fortalecer a indústria, a criação de empregos, a renda dos trabalhadores e o respeito à soberania nacional.

Neste sentido, como uma primeira ação proposta pela agenda, nós sindicalistas convocamos o Dia Nacional de Luta, em 10 de agosto próximo, com manifestações e paralisações em todo o território nacional, para derrotar mais uma vez a nefasta agenda neoliberal que o governo Temer tenta enfiar goela abaixo nos brasileiros.

Outra preocupação fundamental que neste momento pauta o debate das centrais sindicais é a garantia que haja “eleições livres e democráticas” em outubro de 2018, para que possamos escolher deputados, senadores, governadores e um presidente da República legítimo, com quem os trabalhadores possam dialogar.

O processo eleitoral permitirá a construção de compromissos com a futura agenda de desenvolvimento do País, para a qual o mundo do trabalho deve ter centralidade estratégica e os trabalhadores devem ser protagonistas na construção de um projeto de país e de nação.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário geral da Força Sindical

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