PUBLICADO EM 29 de ago de 2018
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Trabalhadores, o voto é sua arma: saibam utilizá-lo

Nos últimos anos sofremos muitos reveses, como a terceirização da atividade-fim e a reforma trabalhista. Enfim, tudo ficou fora de lugar e, pior, foi feita muita propaganda dos defensores destas medidas vendendo ilusões aos trabalhadores, tentando convencê-los de que suas propostas, quando implementadas, iriam gerar empregos.

Tradicionalmente existe, no Brasil, muita expectativa nos anos de eleições sobre quem será o vencedor. Mas, neste ano, além da expectativa, existe indecisão porque, faltando pouco mais de um mês para o pleito eleitoral, não existe tendência de este ou aquele candidato emplacar.

Para nós trabalhadores, a responsabilidade será muito grande. Precisamos escolher bem os candidatos a presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.

Nos últimos anos sofremos muitos reveses, como a terceirização da atividade-fim e a reforma trabalhista. Enfim, tudo ficou fora de lugar e, pior, foi feita muita propaganda dos defensores destas medidas vendendo ilusões aos trabalhadores, tentando convencê-los de que suas propostas, quando implementadas, iriam gerar empregos.

No entanto, só geraram empregos informais e intermitentes, ou seja, precários. Temos que escolher a dedo os candidatos que defendam nossos direitos. Direitos estes que foram adquiridos à custa muita luta.

Sabemos que não existe mágica. Em todos estes anos realizamos assembleias nas portas das fábricas e negociamos durante vários dias com os empregadores para chegarmos a bons acordos nas Convenções Coletivas. Só fomos bem-sucedidos porque nos mobilizamos – Sindicatos e Federações junto com os trabalhadores – e nos preparamos para as negociações.

Os empregadores têm demonstrado muito apetite para retirar nossos direitos. Alguns trabalhadores resistem a contribuir com o Sindicato iludidos com os argumentos daqueles que desejam enfraquecer o conjunto dos trabalhadores.

Diferentemente do que alguns imaginam, o seguro-desemprego, o pagamento de horas extras, o adicional de insalubridade, o 13º e o FGTS, plano de saúde e vale-refeição, entre outros benefícios, não caíram do céu. Foram frutos de muita luta e muito trabalho dos Sindicatos ao longo dos anos.

Os empregadores nada dão de graça. A Convenção Coletiva de cada categoria é o instrumento que assegura direitos que vão muito além daqueles constantes da CLT. Por este motivo entendo que os trabalhadores devem refletir sobre tudo isto antes de votar nestas eleições.

TRABALHADOR NÃO DESPERDICE SEU VOTO. Escolha candidatos que lutem pelos seus direitos, não se enganem. Pesquisem. Vasculhem a trajetória política daqueles que se propõem a representá-los.

Antonio Vítor é Presidente da Fetiasp

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