O Brasil iniciou esta quinta-feira, 14, com mais de 13 mil mortes em decorrência da covid-19. O estado de São Paulo é o epicentro da pandemia no país. São 51.097 casos confirmados em todo estado e 4.118 mortes até esta quarta, 13. O avanço do novo coronavírus atinge também as cidades da nossa região.
As duas cidades com mais casos na região são Osasco e Barueri. Conforme dados oficiais das respectivas prefeituras, Osasco tem 2.273 casos confirmados e 184 mortes por conta do novo coronavírus. Em Barueri, são 740 casos e 75 mortes. Vale ressaltar que todos os 12 municípios que fazem parte da base territorial do Sindicato têm vítimas, inclusive fatais.
O cenário preocupante indica a necessidade de medidas mais duras para frear a transmissão. O relaxamento da quarentena, por exemplo, é algo impensável diante destes números, que também tem impactado a nossa categoria.
O Sindicato tem recebido informações de casos suspeitos nas fábricas, inclusive de óbitos. Diante deles, tem reforçado a cobrança das empresas pela adoção de medidas que preservem a saúde dos metalúrgicos dentro das fábricas, inclusive, com acionamento ao MPT (Ministério Público do Trabalho). Ainda assim, é necessário que cada companheiro faça a sua parte, adotando o uso de máscara e de hábitos de higiene, como a utilização de álcool em gel dentro e fora das fabricas e se conscientizando, por meio de informações confiáveis, para os cuidados de todos.
Para amenizar os impactos nos direitos e nas rendas dos trabalhadores, a diretoria do Sindicato tem intensificado as negociações para conquistar a preservação dos empregos nas fábricas. Tem orientado os trabalhadores a exigir a participação do Sindicato nas negociações. Para evitar prejuízos, a união de todos é necessária, é fundamental e fará toda diferença.
Também não podemos perder a nossa capacidade de se emocionar, de se indignar, de agir e de cobrar. E acima de tudo: não podemos perder a nossa capacidade de sermos humanos. Não espere ser com você, com sua família, com um amigo, com um colega para ser solidário, para entender que uma vida vale muito, que não é um mero número. Além disso, temos que ter a consciência que os efeitos negativos das perdas fatais são enormes para todos.
Há tempos o Brasil está doente. Precisamos e devemos curar o nosso país, e a cura está em nós. Está na nossa maneira de ver o mundo, está nas nossas relações com o próximo, está com o respeito que temos a nós mesmos e aos nossos direitos. Curar o nosso país é urgente para salvar o nosso direito a vida, ao emprego a plena liberdade de ir e vir.
Jorge Nazareno – Jorginho é Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região