PUBLICADO EM 25 de fev de 2021
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O ano que ainda não terminou

Mal começamos o ano, porém parece que estamos revivendo os primeiros meses de 2020, em que a pandemia pegou todo o mundo de surpresa exigindo das autoridades medidas imediatas diante de uma situação inesperada.

Mal começamos o ano, porém parece que estamos revivendo os primeiros meses de 2020, em que a pandemia pegou todo o mundo de surpresa exigindo das autoridades medidas imediatas diante de uma situação inesperada.

A diferença desta vez é que a situação não é surpresa para ninguém. O caos no sistema de saúde, com a capacidade de lotação das UTIs chegando ao limite, e o número de vítimas da Covid-19, é consequência das ações ineficazes que foram tomadas lá no ano passado e ao que tudo indica ainda não serviram de lição.

A Prefeitura de Porto Alegre parece ignorar a gravidade da situação, rasgando a bandeira preta e permitindo o pleno funcionamento do comércio. Já havíamos afirmado diversas vezes e reiteramos que o setor não é o vilão da pandemia, porém não podemos negar que evitaria a circulação de pessoas, principalmente àquelas que não respeitam os protocolos de segurança e, consequentemente, daria uma trégua à propagação do vírus. Sem contar o fato de que a grande maioria dos trabalhadores depende do transporte público como meio de locomoção, transporte esse que está defasado e acaba por superlotar gerando aglomeração.

Mais uma vez nos deparamos com o embate saúde X economia e, diante das medidas adotadas, percebemos quem está levando vantagem nessa discussão. Se a Prefeitura está preocupada com a economia, deve criar incentivos para que as empresas superem a crise e alternativas para os cidadãos que estão sem renda, a exemplo do que o Sindec buscou suprir em sua Convenção Coletiva, que possibilita a suspensão do contrato de trabalho, com pagamento de um abono de 50% do valor do salário em caso da empresa ter que fechar por determinação de decreto. O Acordo foi fechado como uma alternativa à suspensão do Programa governamental do Benefício Emergencial (BEm).

Enfim, este é só um exemplo de que com boa vontade e bom senso, prezando também pela vida, é possível seguir um caminho equilibrado que nos tire desse loop e nos faça vencer a pandemia.

Enquanto as ações necessárias não são tomadas pelas autoridades, seguimos nosso trabalho no sentido de conscientizar a categoria comerciária da importância de respeitar os protocolos no ambiente de trabalho, protegendo a si, seus colegas e, consequentemente suas famílias; e denunciando quando preciso para que possamos manter a nossa fiscalização ativa em prol da segurança e saúde de todos.

Nilton Neco, Presidente do Sindec-POA

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