PUBLICADO EM 25 de jul de 2024
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Aposentados e trabalhadores têm que estar à frente dos debates sobre a Previdência

Esta semana a “grande imprensa” aumentou a pressão por uma nova reforma da Previdência Social. Em um dos textos publicados, sem ao menos citar nomes, afirmou que “integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados avaliam que é preciso que a Casa inicie o debate acerca de uma nova reforma da Previdência em 2025”. Mesmo sem identificar os entrevistados, a matéria sai em defesa de mudanças para “manter o equilíbrio fiscal”.

Está claro que essa cruzada por uma nova reforma, apenas cinco anos após a última, tem o mesmo objetivo de tirar mais direitos dos aposentados e pensionistas. E para isso, todas as publicações distorcem dados reais para justificarem suas posições. Uma dessas distorções da realidade é a indexação das aposentadorias ao aumento real do salário mínimo, que virou alvo preferido dos preocupados “especialistas” com as contas públicas.

Outros alvos dos revisionistas são a diferença na idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres, a aposentadoria rural, o BPC – Benefício de Prestação Continuada e a defesa da manutenção da contribuição dos servidores públicos aposentados.

Primeiramente, já existe realmente um movimento dentro do Congresso Nacional para que haja nova reforma da Previdência Social. E o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em uma indiscreta conversa com integrante da extrema direita, já falou em criar comissão para debater nova forma de financiar o INSS que não seja tributar a folha de pagamento.

Fica clara a preocupação em reduzir os valores pagos atualmente pelos empresários. Enquanto isso, tentam alijar os trabalhadores e os aposentados do debate.

Por isso, o Sindnapi tem articulado as instituições de aposentados, pensionistas e idosos para protagonizarem as discussões sobre o financiamento do INSS e mudanças que possam garantir a sustentabilidade do sistema de benefícios sem onerar ainda mais os trabalhadores e sem tirar mais direitos. Afinal, a reforma de 2019 não ouviu quem realmente interessa e trouxe enormes prejuízos.

Tanto que no dia 21 de agosto, o Sindnapi e as demais instituições que representam os aposentados, participam de audiência pública na Câmara dos Deputados, convocada pela Frente Parlamentar mista de Defesa da Pessoa Idosa, para debater a Previdência Social.

*Presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos – Sindnapi

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