A Central Força Sindical foi fundada, em 08/03/1991, sob a égide das mudanças, após o retorno à normalidade democrática e a criação de duas centrais sindicais no Brasil.
Sua proposta veio de debates com vários setores da sociedade e intelectuais, sobre a necessidade do país voltar a crescer e desenvolver-se, dentro do modelo capitalista existente, mas de forma sustentável, com distribuição de riqueza, o componente social valorizado e a força de trabalho sendo reconhecida como a propulsora e beneficiária desse desenvolvimento.
O livro “Um Projeto para o Brasil – A Proposta da Força Sindical” (Editora Geração Editorial, São Paulo/SP, 1993) resumia as idéias dessas mudanças necessárias ao país. Nele, a Força Sindical expressou como uma grande preocupação a reforma do sistema de Previdência Social e fez algumas propostas que iam no sentido de acabar com o privilégio de algumas categorias (servidores e militares, principalmente) para que houvesse uma melhor distribuição para os trabalhadores em regime da CLT e os desassistidos em geral.
Em todo esse tempo, micro-reformas vem sendo feitas em todos os governos, de Collor a Temer, sem escapar nenhum e o movimento sindical segue reativo, na defensiva, impulsionado pelos setores que são atingidos a cada uma das reformas, sem que apresente uma proposta abrangente, de longo prazo, que ao mesmo tempo em que viabilize a atual Previdência Social, com sistema de repartição, solidariedade de gerações e contribuição tripartida, promova as necessárias mudanças para torná-la sustentável no tempo.
O Governo apresentará em breve uma proposta ao Congresso Nacional, fruto da discussão com empresários e técnicos dessa área, dentro e fora da administração pública, e mais uma vez temos a oportunidade de apresentar a proposta do movimento sindical para o modelo de Seguridade Social que queremos, incluindo, além da Previdência, a Saúde e a Assistência Social, não apenas para o Governo, que demonstrou pouco interesse em ouvir os trabalhadores através de seus sindicatos, mas principalmente no Congresso Nacional, palco onde a batalha dos interesses será travada.
Temos acúmulo de discussão nessa área. Entidades que podem auxiliar–nos tecnicamente na elaboração das propostas. Algumas centrais já fizeram seminários e definiram as linhas principais a serem apresentadas. Falta só sentar e amarrar os pontos entre todas as centrais sindicais (ou pelo menos a maioria). Os trabalhadores não perderão sua referência nas centrais e nos sindicatos se estes continuarem a representar seus legítimos interesses e anseios, de forma realista e efetiva.
A bola está conosco. Vamos jogar ou chutar pra fora do campo?
Ruth Coelho Monteiro – Secretária de Cidadania e Direitos Humanos da Força SIndical
Sandra Soares
Com certeza deveremos continuar com as discussões viabilizando os retornos de cada proposta sugeridas, pois essas reformas sempre ou na maioria das vezes tendem a desfavorecer os menos favorecidos que é a classe trabalhadora.