PUBLICADO EM 24 de abr de 2019
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56 anos metalúrgicos

Na próxima terça, dia 30, nosso Sindicato completa 56 anos. No dia 3, em nossa sede, vamos homenagear e entregar medalhas a sócios mais antigos. Fazemos assim todo ano, como reconhecimento às gerações de associados que formam a base da nossa entidade e nos apoia em todas as horas.

Na próxima terça, dia 30, nosso Sindicato completa 56 anos. No dia 3, em nossa sede, vamos homenagear e entregar medalhas a sócios mais antigos. Fazemos assim todo ano, como reconhecimento às gerações de associados que formam a base da nossa entidade e nos apoia em todas as horas.

Nosso Sindicato foi fundado em 30 de abril de 1963 no governo de João Goulart (Jango), cujo ministro do Trabalho, Almino Afonso, assinou a Carta Sindical. Por isso, Jango e Almino são duas personalidades de muito respeito no Sindicato e em meio à nossa categoria.

Nascemos na democracia, mas um ano depois veio o golpe de 1964. Nosso recém-formado Sindicato sofreu intervenção e muitos companheiros acabaram perseguidos pela ditadura. Anos depois, com a reconquista da democracia e, em seguida, graças à nova Constituição, passamos a viver sem riscos de perseguição política.

A caminho dos 60 anos, nosso Sindicato tem muitas histórias, lutas, conquistas e procura manter aceso o sonho dos nossos fundadores. Até porque, como diz aquela canção de Milton Nascimento, “os sonhos não envelhecem”.

E qual o sonho do sindicalismo e da categoria, hoje? Antes de tudo, viver em um País democrático, sem restrições à liberdade. É sonho nosso também viver com pleno emprego, trabalho decente, respeito a direitos e segurança no trabalho.

Porém, estamos muito longe disso. Aliás, creio que o aniversário de 56 anos se dará na conjuntura mais difícil de nossa existência sindical. Vivemos hoje sob um governo hostil, que ataca direitos, e numa recessão severa, com imenso desemprego e avanço do subemprego.

Também é grave a situação do setor industrial. Segundo o próprio IBGE, a participação da indústria no Produto Interno Bruto nacional regride aos patamares de 1945. Na prática, o País vive um inacreditável retrocesso de 70 anos. Ou seja, estamos num atoleiro e precisamos sair dele, urgentemente.

Projeto – Nesses 56 anos, tivemos raros projetos de Nação, com Jango, Geisel, FHC e com Lula. Um momento especial se deu na Assembleia Nacional Constituinte, que nos legou uma Carta avançada e um Estado socialmente progressista. Esse Estado precisa ser resgatado, para que a Constituição cumpra seu papel.

Ao fazer essa reflexão e saudar as gerações metalúrgicas, quero fazer um apelo a toda categoria, da ativa e aposentados. Esse apelo é pra que lutem contra a reforma da Previdência do presidente Bolsonaro. Essa reforma, se aprovada, será um duro golpe contra os brasileiros, a Constituição e o futuro da Nação.

Salve o Sindicato. Salve a categoria metalúrgica. União e Ação, ontem, hoje e sempre!

José Pereira dos Santos é Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical

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