PUBLICADO EM 13 de abr de 2018
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1º de maio de 2018: uma andorinha só não faz verão

Wagner Gomes

Wagner Gomes

Em uma iniciativa inédita e histórica, as Centrais Sindicais CTB, CUT, FS, UGT, NCST, CSB e Intersindical aprovaram em reunião na última quinta-feira (12/04) um ato de 1º de Maio unitário, de caráter nacional, em Curitiba, para demonstrar apoio ao ex-presidente Lula.

As circunstâncias que conduziram as entidades nacionais a este ineditismo – nunca houve um ato de Dia do Trabalhador unitário desde a legalização das centrais em 2008 – teve um fator desencadeador que a foi a prisão política de Lula. No entanto, traz consigo uma necessidade imperiosa de aglutinação dada a gravidade crise política, econômica e institucional que vivemos.

Neste feito, as centrais reafirmam seu papel no movimento sindical e sua característica de vanguarda ao definirem uma plataforma única a ser lançada no evento: Luta contra as reformas Trabalhista e Previdenciária; Fortalecimento do Movimento Sindical; Defesa do Emprego; Retomada do Crescimento com Valorização do Trabalho; Defesa das Políticas Públicas; Defesa da Democracia; Liberdade para Lula.

Mesmo financeiramente asfixiado pela lei celerada, o movimento sindical brasileiro entende que a necessária estabilização do país passa pelo processo eleitoral de outubro e que sua tarefa é auxiliar tanto no debate (como a plataforma já demonstra) quanto na luta para garantir um pleito regular e lícito em outubro, bem como a eleição de candidatos comprometidos com as citadas macro propostas.

Este gesto de grandeza ímpar – assim como são todos os gestos de solidariedade – pode extrapolar a simbologia e a unidade pontual de ação e se tornar um grande movimento pela democracia, pela legalidade e pela reconquista dos direitos dos trabalhadores e trabalhadora brasileiros.

Wagner Gomes, secretário-geral da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

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