
Foto: Renato Araújo / Agência Brasília
Entre os que viajaram, mais da metade foi para dentro do próprio estado. Das viagens por motivos pessoais, mais de um terço foram para visitar parentes ou amigos, seguidos por lazer e para tratamento de saúde. Quase metade das viagens foi feita de carro particular ou de empresa.
Entre as 21,4 milhões viagens investigadas, 18,5 milhões foram por motivos pessoais. Entre elas, 36,1% foram para visitar parentes, 31,5% em busca de lazer e 17,5% para tratamento de saúde e bem estar. O lazer foi o principal motivo de viagens nas classes de rendimento a partir de dois salários mínimos, chegando a 55,4% dos domicílios na classe de quatro ou mais salários mínimos. Já entre os domicílios na faixa de até menos de um salário mínimo, mais de 60% das viagens foram para visitar parentes ou fazer tratamento de saúde. “Observamos que as pessoas nas camadas de renda mais baixas saem mais do município para buscar tratamento de saúde e bem estar. Na faixa de meio a menos de um salário mínimo, cerca de uma em cada quatro viagens foi para tratar da saúde. Esse motivo não é representativo no grupo de quatro ou mais salários mínimos, chegando a apenas 4,6%”, analisa a pesquisadora.
Em 34,3% das viagens de lazer, os moradores foram buscar descanso e entretenimento em praias. Já as viagens para destinos culturais representaram 27,2% do total, enquanto uma em cada quatro viagens foi para fazer ecoturismo e aventuras. O turismo praiano foi predominante em todas as classes de rendimento exceto naquela a partir de quatro salários mínimos, onde 34,4% da viagens foi para lazer cultural.
Quase metade dos viajantes se hospeda na casa de parentes ou amigos e carro particular ou de empresa é mais usado para viajar do que ônibus ou avião.
É um quadro que demonstra um aumento da pobreza. Em 2012 uma pesquisa nacional da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com a Ipsos, havia mostrado que os viajantes da classe C estavam passeando mais de avião e de carro uma vez que, naquela época, a ampliação do crédito abrira a possibilidade da então chamada nova classe média brasileira consumir e, desta forma, viajar mais.