PUBLICADO EM 29 de mar de 2025

Brasil Cria 432 Mil Empregos Formais em Fevereiro

Empregos formais crescem em fevereiro no Brasil/Foto: Marcello Casal

Empregos formais crescem em fevereiro no Brasil/Foto: Marcello Casal

O Brasil encerrou o mês de fevereiro com um saldo positivo de 431.995 empregos com carteira assinada. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número representa o maior saldo mensal da nova série histórica do Caged, iniciada em 2020.

O resultado de fevereiro foi impulsionado por 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo é positivo em 576.081 empregos, enquanto nos últimos 12 meses foram registrados 1.782.761 novos postos formais.

O estoque total de vínculos celetistas ativos no país atingiu 47.780.769 em fevereiro, representando uma variação de +0,91% em relação ao mês anterior.

Ministro do Trabalho Luiz Marinho/Foto: Jose Cruz

Política de Investimentos e Reindustrialização

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu os resultados às políticas de investimentos e reindustrialização promovidas pelo governo federal.

“Nós estimulamos um monte de investimento e esse é o resultado”, afirmou Marinho durante coletiva de imprensa em Brasília.

Ele destacou iniciativas como o incentivo à produção nacional de equipamentos de saúde, a transição climática e o estímulo à produção do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) no Brasil, substituindo combustíveis poluentes.

Setores em Destaque

O setor de serviços foi o grande destaque na geração de empregos formais, com a criação de 254.812 postos de trabalho, uma variação de 1,1% em relação a janeiro. Outros setores também apresentaram crescimento:

  • Indústria: 69.884 novos postos (+0,78%)
  • Comércio: 46.587 novos postos (+0,44%)
  • Construção: 40.871 novos postos (+1,41%)
  • Agropecuária: 19.842 novos postos (+1,08%)

O salário médio de admissão em fevereiro foi de R$ 2.205,25, registrando uma queda real de R$ 79,41 (-3,48%) em relação ao mês anterior.

Perfil dos Trabalhadores Empregados

A maioria das vagas criadas em fevereiro foi ocupada por mulheres, que preencheram 229.163 postos, enquanto os homens ocuparam 202.832 vagas.

Em termos de faixa etária, os trabalhadores entre 18 e 24 anos foram os mais beneficiados, com um saldo de 170.593 novos postos. Quanto à escolaridade, profissionais com ensino médio completo registraram um saldo de 277.786 vagas. No recorte salarial, a faixa de até 1,5 salários mínimos concentrou 312.790 novos postos.

Em relação à raça/cor, pessoas pardas obtiveram um saldo positivo de 269.129 postos, enquanto trabalhadores brancos registraram um saldo de 189.245 vagas.

Destaque Regional

Com exceção de Alagoas, todos os estados brasileiros registraram saldo positivo na geração de empregos em fevereiro. Os estados com maior criação de vagas foram:

  • São Paulo: 137.581 novos postos
  • Minas Gerais: 52.603 novos postos
  • Paraná: 39.176 novos postos

Os estados com menor saldo foram:

  • Alagoas: -5.471 postos
  • Acre: 429 postos
  • Paraíba: 525 postos

Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos foram:

  • Goiás: 20.584 postos (+1,30%)
  • Tocantins: 3.257 postos (+1,25%)
  • Mato Grosso do Sul: 8.333 postos (+1,24%)

Cenário Econômico e Perspectivas

Os números positivos refletem um cenário de aquecimento da economia, em contraste com a política de contração defendida pelo Banco Central. No entanto, o ministro Luiz Marinho alertou que os dados de fevereiro podem estar influenciados por fatores sazonais e que uma redução na criação de empregos é esperada para março.

“Eu espero que a economia continue aquecida, afinal de contas ainda temos muita gente no subemprego e desempregada”, afirmou Marinho.

O ministro criticou a manutenção da taxa de juros em 14,25% pelo Comitê de Política Monetária (Copom), argumentando que a estratégia não auxilia no combate à inflação.

“Acho que o que se necessita no Brasil é um grande pacto de mais produção para conter a inflação, e não o contrário”, declarou. Ele enfatizou que o aumento da taxa de juros não afeta diretamente o consumo de itens essenciais pela população, como alimentos básicos.

Com as políticas de incentivo à reindustrialização e a geração de empregos, o governo federal segue apostando no crescimento sustentável do mercado de trabalho brasileiro.

Com Agência Brasil

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