PUBLICADO EM 03 de dez de 2020
COMPARTILHAR COM:

Apagão revela a face parasitária do capital financeiro no setor elétrico

Em uma soma de forças, 64 entidades divulgaram nesta quinta-feira (3) um alerta nacional denunciando a negligencia do poder público e das empresas privadas envolvidas no caso do apagão do Amapá, iniciado há exatamente um mês, em 03 de novembro de 2020, quando um transformador da Subestação de Macapá/Amapá explodiu. “O que aconteceu em Macapá pode ser a ponta do que está por vir nos demais estados brasileiros”, sublinha o documento.

Além de a população ter sofrido por 22 dias com a falta de energia, após a volta do fornecimento, diversas distorções vieram à tona, conforme destaca o documento:

“Passado o apagão, o problema no Amapá revelou que a energia produzida em seu território não é para o povo. Enquanto o estado está exportando grandes volumes de eletricidade ao centro do país, a população estava sem luz. A causa não foi falta de energia gerada nas usinas, mas o colapso das estruturas sucateadas de uma subestação privatizada”.

As entidades apontam que a subestação de Macapá, onde o problema foi gerado, pertence à sociedade empresarial “Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE)”, controlada pelo capital financeiro internacional, e que a calamidade revela “a face parasitária do capital financeiro no setor elétrico”.

Crise de energia no Amapá, apagão em Macapá. protestos no bairro de Santa Rita em 07 de novembro de 2020(Foto: Rudja Santos/Amazônia Real)

O governo Bolsonaro, por sua vez, através da Portaria Federal nº 406, de 6 de novembro de 2020, jogou nas costas do povo o prejuízo, que poderá chegar a R$ 360 milhões.

Contraditoriamente, “enquanto a população sofre as consequências do apagão mais longo da história, o Amapá produz e exporta energia de quatro hidrelétricas a outros estados brasileiros”.

Frente a tal situação, as entidades apontam a necessidade de uma “profunda reorganização da indústria de eletricidade, sob serviço e controle público, com soberania e distribuição da riqueza, além de uma reforma radical nas estruturas de Estado que atualmente estão a serviço do capital financeiro”.

Entre as entidades que assinam estão as centrais sindicais Força Sindical, UGT, CUT, CTB, CSP, NCST, além UNE, Frente Brasil Popular entre outros.

Leia aqui o alerta: Alerta Nacional: Apagão no Amapá é o colapso da privatização

Crise de energia no Amapá gera protestos da população

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

  • Rita De c v gava

    Ainda o aumento da conta de luz nacional. O pior governo do mundo

QUENTINHAS