PUBLICADO EM 13 de nov de 2020
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Acordo entre trabalhadores e viações evita greve em Goiânia e região

Salários vão ser reajustados em 3,75%. Acordo afastou a possibilidade de greve de ônibus em Goiânia e Região Metropolitana

Ônibus em Goiânia

Terminou em acordo a audiência na manha desta quinta-feira, 12 de novembro de 2020, entre companhias de transporte e trabalhadores, o que afastou a possibilidade de greve de ônibus em Goiânia e Região Metropolitana.

O encontro reuniu o SET (Sindicato das Empresas de Transporte Público e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana) e o Sindicoletivo (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana).

Segundo o SET, em nota, os profissionais aceitaram as propostas das empresas de “reajuste de 3,75% para os salários e 5% para o ticket alimentação, manutenção da cesta natalina e do pagamento do 13º, mantendo os direitos acordados no acordo coletivo anterior, entendendo a necessidade dos trabalhadores e dentro do que a crise econômica agravada pela pandemia permitiu”.

Também foram negociados os anuênios com a Metrobus que serão pagos não como porcentagem, mas como valor nominal a todos os trabalhadores da empresa e ausência de desconto do ticket alimentação em caso de falta por atestado médico e pagamento do retroativo caso tenha havido desconto a partir de abril de 2020.

De acordo com o SET, os valores retroativos não foram negociados e vão ser discutidos na data base da categoria em 2021, e as negociações avançaram mesmo com um endividamento de cerca de R$ 60 milhões das empresas.

“O SET entende que empresas e trabalhadores entraram num bom termo que acolhesse as necessidades dos trabalhadores, mas também um entendimento do grave momento econômico pelo qual as empresas passam, com dívidas de mais de R$ 60 milhões apenas durante o período da pandemia. O SET confirmou o pagamento do reajuste independente das dificuldades futuras a que estão sujeitas as concessionárias diante de um agravamento da pandemia com uma segunda onda de Covid-19 no país” – disse a entidade na nota.

Ainda no comunicado, o presidente da entidade patronal, Adriano Oliveira, disse que a pandemia afetou a operação dos transportes de forma grave.

“Sempre entendemos e reconhecemos os direitos dos trabalhadores, mesmo com a pandemia afetando gravemente a operação e a sanidade econômico financeira das empresas”

No final de janeiro de 2021, devem ter início as primeiras reuniões para discutir os valores retroativos.

Como mostrou o Diário do Transporte, os trabalhadores ameaçaram cruzar os braços na segunda-feira (09), mas diante da reunião marcada para esta quinta-feira (12) suspenderam a paralisação anunciada.

Fonte: Diário do Transporte

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