Por Fábio Casseb – O Copom – Comitê de Política Monetária, do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, passando de 6,75% a.a para 6,50% a.a. Apesar do corte de hoje, o Banco Central está afrouxando menos a política monetária. De abril a setembro, o Copom havia reduzido a Selic em 1 ponto percentual. O ritmo de corte caiu para 0,75 ponto em outubro, 0,5 ponto em dezembro e 0,25 ponto nas reuniões de fevereiro e de hoje.
A decisão gerou insatisfação por parte da Força Sindical que, assim que foi anunciada a redução, emitiu nota oficial cobrando arrojo por parte da equipe econômica do governo.
De acordo com o texto, assinado pelo presidente da Central, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), a decisão de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual, de 6,75% ao ano para 6,5% ao ano é insuficiente para alavancar, de uma vez por todas, a debilitada economia brasileira. “A redução é extremamente tímida e fica muito aquém daquilo que os brasileiros esperavam.”
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A nota diz ainda que o governo acertou no medicamento mas errou feio na dosagem. “Mesmo com as constantes reduções, o Brasil ainda apresenta uma das maiores taxas de juros do mundo, e acreditamos que o governo tem de ser arrojado e estabelecer uma redução contundente nesta e nas próximas reuniões.”
Confira a íntegra da nota:
“Por uma redução arrojada da Selic para o País crescer
A redução da taxa Selic, de 0,25%, anunciada nesta quarta-feira, 21, pelo Copom (Comitê de Política Monetária), é insuficiente para alavancar, de uma vez por todas, a debilitada economia brasileira.
A redução é extremamente tímida e fica muito aquém daquilo que os brasileiros esperavam. Ela serve apenas como um pequeno alento. É acertar no medicamento mas errar feio na dosagem.
É importante ressaltar que, mesmo com as constantes reduções, o Brasil ainda apresenta uma das maiores taxas de juros do mundo, e acreditamos que o governo tem de ser arrojado e estabelecer uma redução contundente nas próximas reuniões.
Ao segurar os juros nas alturas, o Copom, com seu velho e costumeiro conservadorismo, segue mantendo a economia estrangulada, inibindo os investimentos no setor produtivo, que gera emprego e renda, e impedindo a geração de novos postos de trabalho formais, cuja falta vem penalizando milhões de famílias brasileiras.
Os trabalhadores, mais uma vez, ficam frustrados com a decisão, e almejam por uma queda drástica nos juros. Com isto, a desconfiança e as incertezas quanto ao futuro serão dissipadas, os empregos ressurgirão, as desigualdades sociais serão diminuídas e o Brasil retomará os trilhos do desenvolvimento sustentado.
Paulo Pereira da Silva – Paulinho
Presidente da Força Sindical”