PUBLICADO EM 19 de nov de 2021
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Desigualdade entre negros e não negros se aprofunda durante a pandemia

Desigualdade racial no Brasil pouco evolui em relação à salários

O DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realizou um estudo que aponta que os trabalhadores negros foram os mais impactados pela covid-19. Clique aqui e veja a íntegra do Estudo do Dieese

De acordo com o levantamento, seja pela dificuldade que essa população enfrenta para encontrar colocação ou pela necessidade de voltar antes ao mercado de trabalho, devido à falta de renda para permanecer em casa, protegida do vírus.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, 8,9 milhões de homens e mulheres perderam seu emprego ou deixaram de procurar uma colocação. Desse total, 6,4 milhões eram negros ou negras e 2,5 milhões, trabalhadores e trabalhadoras não negros.

O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, a partir do momento em que as pessoas começaram a buscar voltar ao mercado de trabalho, a taxa de desocupação cresceu. “Com o avanço da vacinação, muitas pessoas voltaram a buscar colocação no mercado de trabalho, mas a economia brasileira não apresentou dinamismo suficiente para receber esse volume de trabalhadores”, explica Fausto.

O diretor do Dieese explica ainda que para os negros, a taxa de desemprego é sempre maior do que a dos não negros. Enquanto para os homens negros, ficou em 13,2%, no 2º trimestre de 2021, para os não negros, foi de 9,8%. Entre as mulheres, a cada 100 negras na força de trabalho, 20 procuravam trabalho, proporção maior do que a de não negras, 13 a cada 100.

Leia mais: Inserção da população negra no mercado de trabalho (Brasil e regiões 2021)

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