Na condição de presidente da CUT São Paulo e conselheiro estadual da Apeoesp, manifesto todo meu apoio à Greve Sanitária dos professores e professoras da rede pública estadual em Defesa da Vida e contra a volta às aulas presenciais, que teve início nesta segunda-feira (8).
Conforme deliberação da Assembleia do meu sindicato, realizada por videoconferência na última sexta-feira (5), a orientação é para que professores e professoras que aderirem à greve sanitária manifestem sua disposição para dar continuidade ao trabalho remoto com seus alunos.
É inconcebível a insistência do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, em manter o retorno das aulas presenciais nas redes pública e particular, inclusive em regiões que estão na fase vermelha do Plano São Paulo.
Já tivemos relatos de duas escolas privadas de Campinas que tiveram de suspender as atividades devido a contaminação de professores, funcionários e estudantes pós retomada das aulas.
A Apeoesp constatou cerca 150 casos de contaminação de professores e profissionais da educação em várias regiões do estado mesmo antes dos alunos voltarem às escolas.
Mais curioso é que, no ano passado, o governo de João Doria manteve todos os docentes da rede estadual em trabalho remoto, mesmo quando várias regiões progrediram para a fase amarela e agora, em que há um agravamento da pandemia no estado e no país, impõe a volta das atividades presenciais sem garantira a imunização da comunidade escolar sob alegação de que a educação é um serviço essencial.
O governo tucano desconsidera que parte dos alunos que foram à escola poderão voltar levando o vírus para dentro de suas casas, ou pior, contaminado idosos que ainda não receberam a vacina, já que muitos no contraturno escolar ficam com os avós.
É por isso que somos contra as aulas presenciais neste momento e seguiremos na luta em Defesa da Vida!
Douglas Izzo
presidente da CUT São Paulo