O governo da extrema direita quer excluir de vez os trabalhadores mais empobrecidos elevando ainda mais o tempo de contribuição para o acesso à aposentadoria. Atualmente, já é muito difícil comprovar os 15 exigidos, dado a alternância que milhões de pessoas são submetidas, de longos períodos sem emprego formal e alguns curtos momentos de trabalho com carteira assinada.
Outro objetivo central da extrema direita é acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição, garantida hoje a pessoas que conseguem comprovar 35 anos de contribuição, se homem, e 30 se mulher. A maioria destas pessoas começou a trabalhar na adolescência e chega aos cinquenta e poucos anos dilacerada pelo trabalho, muitas vezes penoso e adoecedor.
O governo quer impor aposentadoria apenas por idade. Talvez ele insista em estabelecer já os 65 anos para mulheres e homens. Mas pode também tentar amenizar o tungo imediato reduzindo essa idade mínima agora de forma a aumentar nos próximos anos, o que restaria no mesmo resultado: impossibilitar a aposentadoria por tempo de contribuição e permitir apenas por idade. De preferência, naquela em que a pessoa já esteja com o pé na cova.
O governo busca também atingir os direitos e garantias da base do funcionalismo público, sem mexer nos super salários e acúmulos inaceitáveis do judiciário, do legislativo, da cúpula militar.
E, fundamentalmente, o governo corre para entregar a poupança forçada do povo para os fundos privados, geridos pelos bancos e outros abutres do sistema financeiro altamente concentrado.
Chamada de capitalização hoje, provavelmente seria chamada – posto que não será aprovada – daqui alguns anos de CAPETALIZAÇÃO!
Rede Globo mente. REDE POVO desnuda.
Capitalização é a palavra difícil que eles dão à imposição de um regime forçado de poupança individual cujos recursos serão manejados pelos rentistas, que ainda vai te cobrar taxa de administração.
Administração é o nome que eles dão ao uso de uma montanha de dinheiro turbinando a especulação financeira, a jogatina de Wall Streeat e a banca canalha.
Capitalização é a embromação do direito daquela pessoa que sonhou um dia se aposentar, depois de décadas de trabalho e contribuição.
Os rentistas – ABUTRES! – te taxam quase a vida inteira, usam a poupança forçada imposta a toda a população pra engordar as fortunas de banqueiros e outros agiotas e, como acontece no Chile, depois de 35 anos te devolvem miseráveis tostões mensais, muito distante da ilusão ultraliberal pregada pelo posto ipiranga.
“É isso o que você poupou. Nem mais, nem menos”, ouviriam milhões de pessoas na hora de receber a aposentadoria, ops, a poupança forçada tungada mensalmente ao longo de uma vida inteira.
Depois de tanto trabalhar, aposentar!
Todas as pessoas do povo serão afetadas pela DEFORMA, principalmente quem ainda não se aposentou ou aqueles que sequer entraram no mercado de trabalho. Dos informais empobrecidos nas cidades, aos rurais, mulheres, negros, servidores, assalariados médios, pequenos e médios empresários, todos perderiam com a DEFORMA de Bolsonaro.
Aposentadoria une o povo
O dinheiro da seguridade social garante o consumo das famílias, circula no pequeno comércio, sustenta os pequenos municípios, ativa a economia e barra o caminho da indigência na velhice, na doença, no acidente de trabalho, na deficiência ou desassistência.
E vamos conversar com todas as pessoas afetadas. Com trabalhadores formais e informais, mas também com o dono da farmácia, do supermercado, com o prefeito e vereadores, com o pequeno e médio produtor que precisa de mercado consumidor, com aqueles preocupados com as ofertas e o dízimo dos aposentados que minguaria etc. E pressão total, com marcação um a um, sobre os parlamentares. Muitos dos líderes das deformas de Temer sabe qual o resultado disso nas urnas, não é Rogério Marinho!
Conversar com o povo, unir e mobilizar o Brasil que produz e carrega nas costas os banqueiros sanguessugas, empresários caloteiros e o agronegócio predador.
É possível desmentir a mídia corporativa e a ideologia barata dos rentistas, que ignoram o que está estabelecido na Constituição e exclui das contas da previdência as diversas fontes de receitas que compõem o orçamento tungado pela desvinculação, desoneração e calotes dos bilionários. Isso é o que precisa acabar. E como lembrou o competente Antonio Martins, é preciso taxar fortemente os lucros e dividendos do 0,1% para melhorar o financiamento da seguridade social. Ao invés de entregar pro clube dos abutres a poupança da população brasileira.
Cruzar os braços só na hora da greve.
Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical