Segundo o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, as férias foram para preparar a fábrica para a produção de novos veículos.
“Será uma assembleia para informar o que a empresa está propondo”, diz Cidão, que na semana passada participou de duas reuniões com a montadora. Ele não adianta as propostas da empresa, mas diz que os funcionários já contribuíram muito no acordo fechado em 2017, quando a empresa também ameaçava sair da cidade. A unidade produz os modelos Onix Joy (antigo), Spin, Cobalt e Montana.
“Não vamos aceitar mais flexibilização do que já fizemos”, diz Cidão. Pelo acordo anterior houve, por exemplo, redução do piso salarial, do adicional noturno e suspensão de reajustes pelo INPC. A maioria desses itens consta da proposta entregue pela GM ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos na semana passada. O vice-presidente da entidade, Renato Almeida, também afirma que os mais de 4 mil trabalhadores já fizeram sacrifícios em troca de promessas não cumpridas.
Ele cita um investimento de R$ 2,5 bilhões e a produção de novos veículos prometida há quatro anos e que não se concretizou.
Hoje, o sindicato tem nova reunião com a empresa. “Queremos saber o que de fato será feito e que garantias teremos desta vez.” Em São José são produzidos a picape S10 e o SUV Trailblazer, além de motores e componentes. É a fábrica do grupo com maior ociosidade desde que a produção de carros menores foi desativada, em 2013.
Fonte: O Estado S.Paulo