O evento antecedeu a Convenção Nacional do Partido (na sexta), que confirmou o ex-governador como candidato à presidência da República.
A Agenda, elaborada com apoio do Dieese, está sendo levada pelas Centrais como contribuição às plataformas de campanha dos candidatos na eleição de outubro. Ela também será entregue a postulantes a cargos legislativos e executivos estaduais e federal.
Em sua fala, Ciro Gomes voltou a se posicionar contra a lei trabalhista de Temer, reiterando que pretende revogá-la. Ele também afirmou que irá rever privatizações de estatais estratégicas e a venda da Embraer para a americana Boeing.
“Tudo que for contrário ao trabalhador e ao interesse público será revisto e revertido”, afirmou. Ciro se comprometeu a manter diálogo permanente entre governo e Movimento Sindical. Ele encerrou sua fala dizendo: “Esse governo que eu vou liderar servirá aos mais pobres e aos trabalhadores”.
Força – O metalúrgico Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical, reafirmou a necessidade de colocar no Palácio do Planalto um governo desenvolvimentista. Ele denunciou ainda a medida provisória que trata do programa “Rota Brasil 2030”, que destina mais incentivos fiscais às montadoras multinacionais.
“Era uma discussão do Inovar-Auto, que contava com participação muito forte das Centrais Sindicais, numa bancada tripartite. Conseguimos colocar contrapartidas de desenvolvimento e tecnologia. O acordo acabou e agora querem enfiar essa Rota 2030 sem a participação dos trabalhadores. Isso, mais uma vez, vai gerar desemprego e acabar com a indústria nacional, pois a montadoras trarão tudo de fora. É um crime”, afirma.
Miguel também chamou de armadilha o acordo Mercosul/União Europeia. “Querem regulamentar o acordo a toque de caixa. A base desse protocolo é vender o País e deixar nosso povo ainda mais atrasado”, salientou.
CTB – Para o presidente em exercício da CTB, Divanilton Pereira, a Agenda é uma contribuição ao programa de governo dos candidatos. “É uma contribuição sob a ótica classista. Ela objetiva aperfeiçoar a perspectiva desenvolvimentista que dialoga fortemente com a retomada da democracia e do progresso brasileiro”, aponta.
O Movimento Sindical do PDT continuará comandado pelo metalúrgico Milton Cavalo. O evento contou com representantes de movimentos trabalhistas do Partido de nove Estados, que já realizaram suas convenções.
PDT Sindical – De acordo com Milton, o evento foi importante e único. “É inédito o que aconteceu. Um pré-candidato, um dia antes de ter seu nome homologado pelo partido, se encontrar com dirigentes das principais Centrais Sindicais. Ciro mostrou que tem lado. O lado dele é o trabalhador”, disse.
Fonte: Agência Sindical