Nas últimas semanas, o dólar disparou e o Banco Central, comandado por Roberto Campos Neto – que, vale lembrar, foi indicação de Bolsonaro e Guedes -, não deu sequência às recentes diminuições na taxa básica de juros e a manteve em 10,5% ao ano.
Na prática, esses números mostram que o mercado financeiro é contra o trabalhador. Com uma taxa de juros alta desse jeito, há mais dificuldade na obtenção de crédito, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, o que impede um crescimento na geração de empregos e na distribuição de renda.
O dólar alto também influencia negativamente na vida do trabalhador. Basta ir ao supermercado para verificar alguns alimentos com preços elevados. Alguns dos alimentos que são sensíveis ao dólar são a carne, os grãos e o trigo.
Tocando em miúdos, dólar alto, arroz mais caro, carne mais cara, pão mais caro…
Feita a explanação, deixo aqui um questionamento. O mercado financeiro está a serviço de quem?
É óbvio que existe alguém que se beneficia com a alta na taxa de juros e no dólar. Mas quem sofre é a população das classes menores. Resumindo: lucram em detrimento do povo.
A vida no movimento sindical me ensinou que devemos lutar para conquistar. Devemos atuar sempre em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras. Portanto, não podemos baixar a cabeça e aceitar tudo passivamente. É hora de mobilizar e enfrentar o mercado financeiro.
Chega de lucrar em cima da vida do trabalhador!
Elias Diviza
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de São Paulo (Sintect-SP) e vice-presidente da Federação Interestadual (FINDECT)