A central UGT – União Geral dos Trabalhadores, emitiu nota sobre a decisão de aderir a greve geral desta sexta-feira (14), junto com as demais centrais sindicais, mas sem abrir mão do diálogo. “A greve é um direto constitucional e legítimo. Temos que usá-lo quando é preciso.”
No texto, assinado pela direção da Central, reforça a participação na greve, mas deixa claro a iniciativa, desde o começo do ano, em procurar o debate com o governo sobre a reforma da Previdência. “Procuramos o atual governo para discutir a reforma da previdência, a tributária e outras que fossem necessárias para destravar a economia e permitir a volta do crescimento, com a criação de empregos. Não tivemos sucesso. Nenhuma porta se abriu.”
Central, de acordo com as lideranças sindicais, alerta que não dá continuar com 13, 2 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados e aumento de trabalho precarizado. “Não vamos fazer greve apenas por fazer, mas porque há uma revolta dos trabalhadores brasileiros com a carestia em que vivem e com a falta de perspectivas.”
E finalizam o texto reforçando que o diálogo é o melhor caminho. “Mesmo com essa tragédia toda, nós, da UGT, ainda acreditamos que o melhor caminho é o diálogo. Na falta deste, vamos para a greve, conforme a decisão dos trabalhadores.”
Confira a íntegra da nota:
UGT vai para a greve, mas busca diálogo
Os trabalhadores da UGT decidiram participar da greve geral do dia 14. A greve é um direto constitucional e legítimo. Temos que usá-lo quando é preciso. Mas é bom deixar bem claro aqui, que, desde o começo do ano, procuramos o atual governo para discutir a reforma da previdência, a tributária e outras que fossem necessárias para destravar a economia e permitir a volta do crescimento, com a criação de empregos. Não tivemos sucesso. Nenhuma porta se abriu.
Vamos ser honestos. Não dá para continuar com 13, 2 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados e aumento de trabalho precarizado. É bom que se diga que essa situação vem vindo desde governos passados. Nem podemos imaginar quantos e quais dramas são vividos por essas pessoas e suas famílias. Não vamos fazer greve apenas por fazer, mas porque há uma revolta dos trabalhadores brasileiros com a carestia em que vivem e com a falta de perspectivas.
É bom lembrar que a nossa central foi protagonista, com seus principais sindicatos (ônibus, trens, motos, lixeiros e outros) da paralisação do dia 28 de abril de 2017, quando o Brasil parou contra a reforma trabalhista. Nunca nos omitimos, quando necessário. Temos isso bem claro. E agora no dia 14, sexta-feira, vamos repetir a dose.
Mesmo com essa tragédia toda, nós, da UGT, ainda acreditamos que o melhor caminho é o diálogo. Na falta deste, vamos para a greve, conforme a decisão dos trabalhadores.
Direção da UGT