Trabalhadoras e trabalhadores da Saúde da capital e grande São Paulo, vinculados ao governo do estado de São Paulo, fecharam a Avenida Paulista, na capital, em uma grande Marcha da Saúde, na quarta-feira (19), em defesa de melhores condições para atuação profissional e de valorização salarial.
Esse movimento, organizado pelo SindSaúde-SP, é o quarto dia de mobilização da saúde, que teve a adesão de mais de 2 mil trabalhadores em todo o estado em atos realizados às quartas-feiras (28 de junho, 5 e 12 de julho).
Os trabalhadores seguirão nessa toada de protestos e, se necessário entrarão em greve, até que o governo de Estado de São Paulo abra um canal de negociação efetivo com a categoria.
A marcha dos trabalhadores da saúde
A concentração iniciou no vão livre do MASP, onde foi iniciado o ato político. Em seguida os manifestantes tomaram a avenida Paulista e seguiram pela Rua Consolação e Avenida Rebouças até chegar em frente à sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), onde encerraram a atividade da participação de todos.
Os trabalhadores prepararam uma faixa com 34 metros de comprimento, com os dizeres a “A SAÚDE ESTÁ NA RUA”, frase que faz parte de um dos gritos de protesto da categoria.
Cada metro desse bandeirão representa um ano de história de luta do SindSaúde-SP, que se mantém intransigente na defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores desde sua fundação em 18 de junho de 1989.
Na capital, as mobilizações não se encerraram com a marcha. Os profissionais do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) continuaram mobilizados e fizeram um ato com os trabalhadores que atuam no período da tarde no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Eles entregaram uma carta aberta para os usuários do Iamspe, que sofrem com o avanço das terceirizações do serviço e da falta de investimento por parte do governo.
Toda a manifestação foi transmitida ao vivo nas redes sociais do SindSaúde=SP. Para assistir clique: Parte 1 – Ato político e marcha e Parte 2
Interior e litoral
Além do ato na capital paulista, os profissionais que atuam no litoral e interior realizaram protestos em suas regiões, que além de paralisarem as atividades por algumas horas fizeram um diálogo com a população e entregaram a carta aberta aos usuários Sistema Único de Saúde (SUS).
Reivindicações dos trabalhadores na saúde
O SindSaúde-SP, cobra que o governo aplique a recomposição salarial de 50%, percentual que referente à perda inflacionária dos últimos 10 anos. O índice também é o mesmo que foi concedido ao governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao vice-governador e aos secretários de estado.
A categoria avalia que aplicá-lo “é mais do que justo”, para recompor o poder de compra daqueles que colocaram suas próprias vidas e de suas famílias em risco durante a crise sanitária da Covid-19, e que dedicam toda a trajetória profissional ao cuidado do próximo e a salvar vidas.
Além disso, os profissionais exigem a aplicação do piso da enfermagem; o reajuste do vale-refeição, que atualmente é de R$ 12; abertura de concursos públicos; entre outras pautas.
Fonte: SindSaúde-SP
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