PUBLICADO EM 30 de out de 2020
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Trabalhadores da MWL aprovam greve por mais 30 dias

Trabalhadores também lutam por criação de cooperativa. Eles estão de braços cruzados desde o dia 21 de setembro

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (29), os metalúrgicos da MWL, localizada em Caçapava, aprovaram a continuidade da greve por mais 30 dias, além da luta pela criação de uma cooperativa. Eles estão de braços cruzados desde o dia 21 de setembro.

A ideia é que os trabalhadores possam assumir o controle da fábrica, que corre o risco de fechar as portas em razão de uma ordem de despejo. A empresa tem uma dívida de aproximadamente R$ 11 milhões com a Mafersa, proprietária da área onde está instalada a planta.

“Vamos buscar apoio de diversas instituições para manter a fábrica funcionando, em forma de cooperativa, sob controle dos trabalhadores”, explicou o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida.

Fundo de greve
Foi aprovada também a criação de um fundo de greve para arrecadação de recursos e alimentos que serão distribuídos aos trabalhadores da fábrica, que estão sem receber seus salários.

Para viabilizar a solidariedade aos companheiros, será criada uma vaquinha virtual e uma campanha junto a outros Sindicatos e movimentos sociais em busca de apoio e doações. Esta é uma medida importante para garantir o sustento das famílias até que o impasse seja resolvido.

O Sindicato vai encaminhar ofício à MWL para comunicar a decisão dos trabalhadores e reiterar as reivindicações, que são: garantia de pagamento das verbas rescisórias (em caso de fechamento da fábrica), pagamento de todos os dias parados e melhorias no transporte e alimentação dos trabalhadores.

Ato
Para chamar a atenção da população, será realizado um ato nesta sexta (30), a partir das 9h. A concentração será em frente à subsede do Sindicato, em Caçapava. Todos os candidatos à Prefeitura e à Câmara Municipal serão convidados a participar.

“Toda essa mobilização é importante e necessária, porque Caçapava está na iminência de um caos social com o possível fechamento da MWL. Este é o resultado da má gestão feita pela direção da empresa e um problema que afeta os trabalhadores e toda a cidade”, conclui Renato.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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