PUBLICADO EM 03 de out de 2023
COMPARTILHAR COM:

Trabalhadores da Embraer entram em greve por aumento real

Produção da fábrica está 100% parada em razão dos trabalhadores da Embraer entrarem em greve por aumento real e direitos

Trabalhadores da Embraer entram em greve por aumento real e direitos

Trabalhadores da Embraer entram em greve por aumento real e direitos

Os Trabalhares da Embraer, em São José dos Campos, iniciaram uma greve nesta terça-feira (3) em protesto contra a proposta da empresa que oferece apenas a reposição da inflação nos salários, totalizando 4,06%, e a redução de direitos trabalhistas. Organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, a paralisação parou completamente a produção na sede da empresa.

A greve, que começou por volta das 5h45, durou aproximadamente três horas, sendo encerrada às 9h em meio a uma presença significativa da Polícia Militar e seguranças da empresa. O Sindicato dos Metalúrgicos repudiou a repressão utilizada pela Embraer para encerrar a greve dos trabalhadores, que estavam exercendo seu legítimo direito à paralisação.

Trabalhadores da Embraer recusaram a proposta da empresa

Os trabalhadores recusaram a proposta da empresa, que oferecia apenas a reposição da inflação, e estão exigindo um aumento real nos salários, além da renovação da convenção coletiva. Uma nova assembleia está marcada para acontecer ainda hoje, às 15h, na entrada dos funcionários do segundo turno, com a possibilidade de uma nova paralisação.

Uma das principais questões em disputa é a estabilidade no emprego para trabalhadores vítimas de doença ou acidente ocupacional. A Embraer quer reduzir a estabilidade garantida pela convenção coletiva, o que é fortemente contestado pelo sindicato.

A situação levou o Sindicato a enviar um ofício ao presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, pedindo uma reunião para bloquear financiamentos de empresas, como a Embraer, que não assinam convenções coletivas com sindicatos. A Embraer, uma das maiores fabricantes globais de aviões, emprega cerca de 9 mil funcionários em São José dos Campos, incluindo 5 mil na produção. Desde 1997, o BNDES financiou US$ 25,4 bilhões em exportações de aeronaves da fabricante de aviões.

O diretor do Sindicato, Herbert Claros, expressou a insatisfação dos trabalhadores com a situação atual: “Já são seis anos que os salários não têm aumento real e direitos renovados. Esta é uma situação lamentável para uma empresa de aviação, que recebe dinheiro público e não respeita os direitos dos seus funcionários. A greve iniciada hoje mostra a total insatisfação dos trabalhadores com a empresa”. A categoria promete continuar mobilizada até que suas demandas sejam atendidas.

Leia também:

FEPOSPETRO empossa nova diretoria

Borracheiros mantém a luta pela manutenção de empregos

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS