PUBLICADO EM 06 de nov de 2019
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Trabalhadores da construção civil em greve; chegam 11 viaturas da PM

Bem lamentar que um monte viaturas (total de 11 viaturas), sendo 6 viaturas na rua e 5 dentro da empresa,  estejam dentro do canteiro da obra tentando coagir os operários a entrarem, quando os portões estão abertos, não existe o mínimo de piquete, disse o presidente do Sindicato Antonio de Souza Ramalho, presidente do Sindicato.

Indignado com a presença do aparato policial,  Antonio de Souza Ramalho (Ramalho da Construção), presidente do Sindicato, enviou o seguinte recado para João Doria,  governador do Estado de São Paulo, que reproduzimos abaixo

Antonio de Sousa Ramalho é presidente do Sintracon-SP

Recado de Ramalho da Construção para governador João Dória

Bom dia meu governador,

estamos com uma greve com 752 trabalhadores na construção do Shopping TRI-Mais no Tucuruvi na rua Domingos Carvalheiro número 107 , consócio das empresas Método Engenharia e Passarelli as quais contrataram 57 sub-empreitara “GATOS”.

A motivação da greve são diversas irregularidades aonde o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já marcou audiência para hoje as 13:30 horas.

Irregularidades tais como alimentação estragadas, passivo incluso de fiscalização e interdição pelos os órgãos competentes, falta de recolhimentos do FGTS,  falta de segurança no trabalho, e aí vai desde os EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais) aos mais dos 200 itens da norma NR 18,

Atraso de pagamentos das horas extras e as tarefas que chega em até 6 meses e por fora dos holerites ou seja informal e em espécies, não pagamentos do décimo terceiro salário e férias, que muito embora os trabalhadores tenham as carteiras assinadas, as empresas insistem em não pagar alegando que os trabalhadores são tarefeiros é claro isso é um problema da justiça do trabalho.

Enfim se tivesse que escrever a pauta para regularizar rum precisaria escrever duas páginas. Também tenho consciências que o governador não tem nada a ver com esses detalhes mas apenas para justificar a minha indignação.

Bem lamentar que um monte viaturas (total de 11 viaturas), sendo 6 viaturas na rua e 5 dentro da empresa,  estejam dentro do canteiro da obra tentando coagir os operários a entrarem, quando os portões estão abertos, não existe o mínimo de piquete ou resistência por parte do sindicato dos trabalhadores quando os trabalhadores espontâneos se mantém paralisados e reconvocando a penas aplicabilidades da Lei.  E ao invés dos policiais estarem em suas devidas funções que é de combater crimes e defender a sociedade, se prestem a usarem as viaturas do Estado para fazer segurança patrimonial, e se fosse o bico o que acho é o que eles fazem, nada contra, e entendo que é legítimo para completar as suas rendas.

Como eu tenho certeza do seu comportamentos com coisas erradas, tomei a liberdade de lhe encaminhar e pedir que o governador pudesse apurar.
Se bem que eles coagindo não terão nenhum sucesso, quando estamos estritamente dentro da Lei de greve.

Abraço

São Paulo, 6 de novembro de 2019
Ramalho.

Confira mais: Polícia militar reprime protesto dos estivadores de Santos

 

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

  • Noemia do Carmo Vieira

    Infelizmente a falta de liberdade está de volta.

  • Aparecida Donizeti MONSAO de

    Esses empresários sempre sugando o trabalhador

  • Manoel Alves de souza

    Estão dentro do direitos deles, portanto existe lei e lei tem que ser comprida esses gatos só querem saber de ganhar em cima do trabalhador e não querem pagar o que é certo, tem mais é que fazer greve mesmo, o pior é que o sindicato sai do canteiro de obras depois volta tudo de novo

  • João Paulo Ferreira

    É UM DIREITO QUE O TRABALHADOR TEM DE GREVE, DE LUTAR PELO SEUS DIREITOS.

  • Rita De c v gava

    Pensar que nos dias de hoje trabalhadores vivem nessas condição é fundo do poço da exploração. É ultrage.

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